O câncer é a segunda principal causa de morte no Brasil (a primeira são as doenças cardiovasculares). Só em 2008, 130 mil pessoas morreram por causa da doença e mais de 460 mil novos casos foram registrados, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca).
"As pessoas já associam alimentação a doenças cardiovasculares, mas ainda não existe essa relação com o câncer", afirma Fábio da Silva Gomes, nutricionista pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e analista de programas para controle do câncer do Inca. Para ele, é só questão de tempo para que essa percepção mude.
"As evidências científicas que relacionam alimentos e câncer são algo recente, de 20, 30 anos, por isso ainda levará algum tempo até que sejam reconhecidas pela população e pela própria comunidade médica", comentou o especialista em evento sobre os mitos do câncer promovido pela American Cancer Society (Sociedade Americana para o Câncer), nesta quarta-feira (13), em São Paulo.
"As pessoas já associam alimentação a doenças cardiovasculares, mas ainda não existe essa relação com o câncer", afirma Fábio da Silva Gomes, nutricionista pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e analista de programas para controle do câncer do Inca. Para ele, é só questão de tempo para que essa percepção mude.
"As evidências científicas que relacionam alimentos e câncer são algo recente, de 20, 30 anos, por isso ainda levará algum tempo até que sejam reconhecidas pela população e pela própria comunidade médica", comentou o especialista em evento sobre os mitos do câncer promovido pela American Cancer Society (Sociedade Americana para o Câncer), nesta quarta-feira (13), em São Paulo.
Periodicamente, o Fundo Mundial para Pesquisa em Câncer, junto com o Instituto Americano para Pesquisa em Câncer, publica um relatório com a revisão de especialistas sobre os estudos que comprovam a influência da alimentação e da atividade física no desenvolvimento de tumores. Veja quais as recomendações para prevenção do câncer:
- Mantenha o peso dentro dos limites normais (IMC entre 21 e 23, para adultos), especialmente a partir dos 21 anos de idade, e evite ganhos na circunferência da cintura ao longo dos anos. O excesso de gordura estimula a produção de certos hormônios e processos inflamatórios.
- Seja fisicamente ativo. Segundo o relatório, isso significa o equivalente a uma caminhada acelerada de no mínimo 30 minutos por dia, que deve ser aumentada progressivamente para 60 minutos.
- Limite o consumo de alimentos com alta densidade energética (como biscoitos e fast food) e bebidas açucaradas, pois eles contribuem para o ganho de peso, o que aumenta o risco de câncer.
- Consuma pelo menos cinco porções, ou 400 g diárias, de frutas e hortaliças sem amido (ou seja, batata, mandioca e outros tubérculos não estão na lista). Segundo Gomes, esses alimentos oferecem proteção contra agentes cancerígenos, além de inibir o crescimento de células precursoras de câncer.
A recomendação é caprichar nas cores e incluir produtos à base de tomates e bulbos como o alho. Sobre o risco do consumo de pesticidas, o especialista é enfático: "É melhor consumir vegetais com agrotóxicos do que não consumir", diz.
- Limite o consumo de carne vermelha (menos de 500 g por semana) e evite carnes processadas ou salgadas. Os nitritos e nitratos usados em processos como a defumação geram compostos que podem ter ação carcinogênica, assim como o excesso de sal pode gerar danos às mucosas. O nutricionista também comenta que o preparo das carnes "na chapa" também pode levar à liberação de alcatrão e outros componentes que aumentam o risco de câncer. Por isso, limite o consumo de churrasco e dê preferência às carnes assadas ou cozidas.
- Mantenha o peso dentro dos limites normais (IMC entre 21 e 23, para adultos), especialmente a partir dos 21 anos de idade, e evite ganhos na circunferência da cintura ao longo dos anos. O excesso de gordura estimula a produção de certos hormônios e processos inflamatórios.
- Seja fisicamente ativo. Segundo o relatório, isso significa o equivalente a uma caminhada acelerada de no mínimo 30 minutos por dia, que deve ser aumentada progressivamente para 60 minutos.
- Limite o consumo de alimentos com alta densidade energética (como biscoitos e fast food) e bebidas açucaradas, pois eles contribuem para o ganho de peso, o que aumenta o risco de câncer.
- Consuma pelo menos cinco porções, ou 400 g diárias, de frutas e hortaliças sem amido (ou seja, batata, mandioca e outros tubérculos não estão na lista). Segundo Gomes, esses alimentos oferecem proteção contra agentes cancerígenos, além de inibir o crescimento de células precursoras de câncer.
A recomendação é caprichar nas cores e incluir produtos à base de tomates e bulbos como o alho. Sobre o risco do consumo de pesticidas, o especialista é enfático: "É melhor consumir vegetais com agrotóxicos do que não consumir", diz.
- Limite o consumo de carne vermelha (menos de 500 g por semana) e evite carnes processadas ou salgadas. Os nitritos e nitratos usados em processos como a defumação geram compostos que podem ter ação carcinogênica, assim como o excesso de sal pode gerar danos às mucosas. O nutricionista também comenta que o preparo das carnes "na chapa" também pode levar à liberação de alcatrão e outros componentes que aumentam o risco de câncer. Por isso, limite o consumo de churrasco e dê preferência às carnes assadas ou cozidas.
Alimentação, atividade física e peso adequado previnem tumores.
Fonte: World Cancer
Reserarch Fund 2009
Tipo de câncer possibilidade de prevenção
boca, faringe e laringe 63%
esôfago 60%
endométrio 52%
estômago 41%
colo retal 37%
pulmão 36%
pâncreas 34%
mama 28%
rim 13%
vesícula biliar 10%
fígado 06%
Total para 12 tipos de câncer 30%
Total para todos os tipos de câncer 19%
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- Tome cuidado com a conservação de grãos e cereais. Quando não são armazenados adequadamente, esses alimentos podem gerar o crescimento de fungos que produzem aflatoxinas, substâncias que podem causar câncer de fígado.
Gomes lembra que o uso de suplementos nutricionais para prevenir ou combater o câncer não são recomendados. "Toda vez que os pesquisadores identificam um componente em determinado alimento que parece proteger contra o câncer, a indústria logo o transforma em suplemento e isso pode resultar no efeito contrário", alerta, referindo-se a experiências mal-sucedidas com betacaroteno e capsaicina (componente da pimenta), que podem trazer riscos à saúde quando consumidos em forma de comprimidos.
O relatório do Fundo Mundial para Pesquisa em Câncer esclarece, no entanto, que o uso de suplementos é indicado em situações de inadequação alimentar.
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