sábado, 27 de dezembro de 2014

Pilates:gestante



Pilates para gestante, é recomendado? O pilates trabalha muito com contração abdominal, isso é bom? E o exercício abdominal, é indicado?


 Se o médico que acompanha a gestação autorizar a realização de uma atividade física moderada, pode-se realizar pilates com restrições de uma gestante.


A atividade deve ser suave e moderada.

Caso a gestante perceba e sinta, perda de líquido amniótico, dor no peito, sangramento vaginal, enxaqueca, dispnéia, edema, dor nas costas, náuseas, dor abdominal, contrações uterinas, fraquezas musculares e tontura, redução dos movimentos do feto, estes são sinais de que a atividade física deve ser cessada e deve-se procurar um médico. 

 O Pilates é uma atividade excelente para preparar o corpo para a gravidez, permanecendo flexível e forte. Além de ajudar na recuperação após o parto.

Muitas grávidas optam por aulas de pilates para corrigir problemas de postura e fortalecer os músculos, principalmente — fatores que contribuem bastante para uma gestação mais tranqüila e que favorecem o momento do parto. Segundo a professora Miridan Menezes, a técnica é ideal para as gestantes, uma vez que elas não podem ser submetidas a exercícios de alto impacto.


Miridan alerta, porém, que os exercícios só podem ser iniciados após liberação médica. Para a professora, o ideal seria as mulheres se programarem quando decidirem engravidar. “Quer engordar? Então vamos trabalhar o corpo para isso”, diz.

Além de alinhar o corpo, o pilates fortalece a musculatura adutora, os músculos oblíquos, o reto do abdome e o diafragma. A técnica trabalha também, ainda segundo Miridan, o retorno venoso — aquele inchaço típico das gestações —, além de promover o fortalecimento dos membros superiores e inferiores, das mamas, costas e regular a respiração.
  

“Certos exercício físicos não podem ser feitos pelas grávidas, pois não podemos pedir muito delas. Trabalhamos a parte de alongamento e equilíbrio.

Exercícios dão disposição e evitam inchaço

“O resultado é muito bom e importante para a gravidez. Sinto que estou com uma disposição muito maior e que fui logo retomando minha musculatura. Já o pilates trabalha minha elasticidade e força. Já percebi a evolução”, diz Ana Paula, que foi liberada por sua ginecologista para fazer exercícios físicos após a 16ª semana de gestação. 

No caso da contra-indicação absoluta para se exercitar, tem-se como exemplo o descolamento prematuro da placenta, sangramento vaginal persistente, pré-eclâmpsia, doença cardíaca grave, hipertensão pela gravidez (PA maior que 140 por 90mmHg), retardo do crescimento intra-uterino, e mulheres sem assistência pré-natal. Em outras situações a grávida pode apresentar algumas contra-indicações relativas que limitam (mas não impedem) a prática da atividade física, como é o caso do diabetes, anemia, hipoglicemia, gestação múltipla, colo uterino dilatado, obesidade ou peso insuficiente, estilo de vida sedentário.

Que benefícios o exercício pode trazer para as grávidas

Observa-se que as mulheres que praticam exercícios durante a gravidez apresentam um menor número de desconfortos, tais como edema, câimbras, fadiga e falta de ar. O exercício pode contribuir para melhora do tônus, diminuir risco de perda óssea (que ocorre por causa do estrogênio), promover boa postura e melhorar a mecânica corporal, prevenir lesões por causa da frouxidão, produzir menor risco de estase circulatória e aparecimento de varizes. Pode, ainda, ajudar a prevenir dor lombar, incontinência urinária e a diástase do reto abdominal. Além disso, promover melhora do humor, da auto-estima e da imagem corporal que podem estar alterados neste período.


O que deve constar num programa de atividades para grávidas Uma postura apropriada, evitando o excesso de curvas na coluna, uma distribuição de peso mais equilibrada para os membros inferiores, uma orientação mais horizontal do olhar para diminuir a projeção da cabeça, com um menor gasto de energia possível, são boas recomendações para melhorar a postura e diminuir a dor e os desconfortos.

Deve ser dada uma atenção especial aos músculos do assoalho pélvico na gravidez, uma vez que eles podem sofrer fraqueza neste período e tem papel importante no parto vaginal e na recuperação pós-parto (seja no parto normal, seja na cesariana).


Durante a gravidez os exercícios abdominais favorecem a melhora do equilíbrio muscular e da postura, melhoram o apoio para o útero em desenvolvimento, promovem maior estabilização do tronco e alinhamento pélvico e, ainda, favorecem o aumento da pressão intra-abdominal importante na defecação, micção e no parto.

A posição quadrúpede pode ser uma ótima escolha para ativação dos músculos abdominais, mas deve-se ter cautela ao realizar a extensão do quadril nesta posição e com isso produzir uma hiperextensão lombar. Os exercícios mantendo a coluna neutra enquanto realiza atividades com os joelhos fletidos (como os arcos e círculos de fêmur) e os deslizamentos das pernas, são recomendados. Porém a elevação e abaixamento das pernas com joelhos em extensão são evitados, já que as articulações na coluna estão mais vulneráveis e sofrem uma tração excessiva sobre o abdômen alongado nesta posição.


Os exercícios freqüentes nos pés e tornozelos ajudam a diminuir o edema e as câimbras nos membros inferiores. Pode-se aconselhar a elevação das pernas (até no máximo 45 graus) para facilitar o retorno venoso. A posição quadrúpede também diminui o estresse sobre os vasos dos membros inferiores.

Que cuidados tomar com a mulher grávida

Qualquer programa de exercício para grávidas precisa ser individualizado, ao máximo, respeitando os limites de resistência e flexibilidade, nível de aptidão, saúde geral, idade, atividade física prévia, sua individualidade biológica e o estágio da gravidez em que se encontra.

Deve-se ficar atento, uma vez que as alterações hormonais podendo facilitar a frouxidão ligamentar, o amolecimento da cartilagem e a proliferação da sinóvia, contribuem para as modificações posturais e ainda aumentam a possibilidade de lesões durantes os exercícios em excesso. Os alongamentos devem ser realizados com delicadeza e cautela, por causa da instabilidade articular gerada por essas alterações hormonais.



A capacidade de realizar exercício declina em 20-25% no terceiro trimestre, já que a demanda fetal de sangue e oxigênio aumenta muito. Deve-se ter cuidado, portanto, com exercícios intensos, já que existe a possibilidade do sangue ser desviado do útero para suprir a demanda dos músculos. As cargas são mínimas, não deve haver mudança rápida na direção do movimento, o ambiente precisa ser fresco para evitar o aumento do calor corporal e a intensidade dos exercícios deve respeitar os sintomas e o estágio da gravidez.


As mudanças freqüentes de posição devem ser encorajadas, mas mantendo o cuidado de não realizá-las bruscamente a fim de evitar a hipotensão postural. Deve-se evitar também a posição prolongada em pé.

Fonte: Miridan Menezes

Nenhum comentário:

Postar um comentário