Um em
cada dez adultos vai, em algum momento da vida, sentir a dor excruciante
causada pela eliminação de um cálculo renal.
As
conhecidas “pedrinhas” nos rins resultam de depósitos microscópicos na urina
que se solidificam com o tempo, como o sal deixado no fundo de um copo com água
salgada depois que o líquido evapora. Existem vários tipos de cálculos renais.
Se você expeliu um, seu médico pode verificar sua composição e medir a
concentração de substâncias químicas presentes na sua urina e no seu sangue
para decidir a melhor maneira de prevenir outros cálculos no futuro.
CAUSAS
Predisposição genética, infecções urinárias, doença renal, desidratação crônica
e certos distúrbios metabólicos que afetam a composição da urina. Alguns
medicamentos, entre os quais os diuréticos e os antiácidos à base de cálcio,
também podem contribuir.
SINTOMAS
Inicialmente, não há sintoma. Na verdade, a maioria dos cálculos renais é
excretada sem nenhum sintoma. Cálculos maiores, no entanto, podem causar dor
intensa e súbita nas costas, do lado e na parte inferior do abdome, bem como
náuseas e vômitos. Você pode apresentar também sangue na urina, sentir que
precisa urinar com mais frequência do que o de costume e/ou experimentar
queimação ao urinar.
Beba
bastante líquido.
Um estudo
descobriu que homens que produziam 2,5 L ou mais de urina por dia (a média é de
1,4 L) tinham 29% menos probabilidade de desenvolver pedras sintomáticas do que
os que excretavam 1,2 L ou menos. Nas mulheres, urinar 2,6 L ou mais reduz o
risco em 49%, comparado a urinar menos de 1,4 L por dia. Para isso, beba de 3,3
a 3,8 L de líquidos por dia (14 a 16 copos), o que fará você urinar
aproximadamente a cada duas horas.
Coma
iogurte.
Os
médicos costumavam advertir os pacientes sob risco de desenvolver cálculos
renais a limitar a ingestão de cálcio. Afinal, a maioria das pedras é
composta primariamente desse mineral. Mas eles estavam errados! Pessoas cuja
alimentação é pobre em cálcio podem correr risco mais elevado de ter pedras nos
rins. (Alguns pacientes com hipercalciúria absortiva ainda são instruídos a
reduzir o consumo de cálcio.) Observe que estamos falando do cálcio oriundo da
alimentação; não há evidências de que suplementos de cálcio reduzam o risco. Na
verdade, em mulheres, os suplementos podem aumentar o risco de cálculos renais
em cerca de 20%.
Pesquisadores
acreditam que o cálcio ajude a evitar a formação de pedras ao se ligar ao ácido
oxálico – sal encontrado em certos alimentos e que contribui para a formação
das pedras –, evitando, assim, que ele chegue à urina. As melhores fontes de
cálcio são leite desnatado, iogurte e queijo. A soja verde (edamame) também tem
alto teor de cálcio. Outra ótima fonte de cálcio são os cereais integrais, que
contêm até 1.000 mg do mineral em uma única porção. A maioria das pessoas
precisa de 1.200 mg de calico por dia para proteger os ossos, embora não haja
uma dose específi ca recomendada para reduzir o risco de formação de pedras nos
rins.
Evite
glicose de milho com alto teor de frutose.
Muitos
alimentos industrializados e bebidas o contêm. Mas abolir o hábito de beber
refrigerante, evitar sucos de frutas adoçados e comer menos salgadinhos
industrializados é um bom começo. Cortá-los da alimentação reduz bastante o
risco de formação de pedras nos rins. Pesquisadores suspeitam que a relação
tenha a ver com a tendência de a fructose aumentar a concentração de cálcio na
urina.
Beba um
copo de suco de laranja todos os dias.
Especialistas
há muito prescrevem a ingestão de limonada (levemente adocicada)como uma
maneira de evitar a formação de pedras. Estudos recentes, porém, sugerem que o
suco da laranja pode ser ainda melhor. Ambos são ótimas fontes de citrato de
potássio, indicado com frequência na prevenção de cálculos renais. Mas evite o
suco de toranja (grape fruit): parece que beber apenas 227 mL por dia pode
aumentar o risco de formação de pedras renais, apesar de os pesquisadores não
saberem por quê. O suco de maçã pode elevar o risco em 35%.
Fonte:Reader's Digest
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