UMA SITUAÇÃO CLÁSSICA
Algo muito comum nas gestantes, principalmente do 4° mês em diante, se dá pelo aumento da curvatura lombar ocasionada pelo peso crescente na região abdominal. Tal curvatura pode ser denominada como hiperlordose, por se caracterizar pelo aumento na curvatura lombar. Esse desvio postural, em grande parte dos casos pode ser a causa da indesejável (apesar de comum) lombalgia, ou simplesmente dor lombar. A lombalgia pode ter aspectos exclusivamente musculares ou ser mais grave, chegando tanto ao ponto neural, quanto pela diminuição dos espaços intervertebrais, pois ocorre uma compressão de estruturas nervosas que não raramente, ocasionam dores nas regiões inferiores do corpo: glúteos, região posterior da coxa, panturrilhas e em alguns casos até nos pés.
COMO O PILATES PODERÁ ME AJUDAR?
O trabalho do Pilates nessa circunstância se dá em uma frente de trabalho muito eficaz contra a dor lombar. Através de exercícios conscientes e selecionados pelos instrutores, trabalhamos com ênfase na mobilização da coluna, trabalhando com diversos movimentos que favorecem a liberação nervosa e a amplitude muscular localizada. Dessa forma, é possível manter as estruturas alongadas e capacitadas para suportar o estresse do dia-a-dia.
ATÉ O TERCEIRO MÊS: ATENÇÃO ESPECIAL
Nesse momento, quando o bebê ainda está se formando, começamos um trabalho importante de conscientização corporal que irá acompanhar a gestante até o trabalho pós parto. Trata-se de exercícios simples, porém fundamentais, para o fortalecimento e relaxamento do assoalho pélvico. Em paralelo a isso, é iniciado o trabalho de mobilização da coluna, onde através de alongamentos específicos, deve-se atuar ativamente na prevenção de lombalgias e desconfortos.
DO TERCEIRO AO SEXTO MÊS: ATENÇÃO AO ALONGAMENTO
Seguimos agora fortalecendo também os abdominais, membros superiores e inferiores, ajudando a aumentar a vitalidade e disposição da gestante. Também, iniciamos um trabalho de respiração mais amplo e específico, afim de preparar e prevenir nossa futura mamãe para os próximos meses onde a compressão do diafragma irá gerar dificuldades respiratórias. Além do fortalecimento geral, tomamos um cuidado especial com alongamentos mais intensos, pois geralmente após o quarto mês, aumenta-se a liberação de hormônios como a “relaxina”, que aumentam a frouxidão articular, tornando a gestante mais suscetível a possíveis distensões musculares.
DO SEXTO AO NÔNO MÊS: MANUTENÇÃO DE RESULTADOS
Nesse período, nosso trabalho se dá na manutenção da força geral, enfatizando o trabalho respiratório que começa a se tornar mais crítico nesse momento. Também evitamos que nossas mamães deitem em decúbito dorsal (barriga pra cima), pois pelo peso do bebê, essa posição pode gerar maiores desconfortos respiratórios e até cardiovasculares devido a compressão da artéria aorta e da veia cava, causada pelo aumento do útero. Além desses cuidados especiais, iniciamos um trabalho específico de fortalecimento no tríceps sural, mais conhecido como panturrilhas. Essa musculatura forte, auxilia no retorno venoso, reduzindo as varicoses e varizes, ajudando o coração a manter o fluxo sanguíneo e melhorando a circulação em geral.
TRABALHO NO PÓS PARTO
Após o parto, assim que houver liberação médica, o trabalho acontece com ênfase no fortalecimento geral e gradativo do corpo, especialmente nos abdominais, visto que em muitos casos acontece uma importante distensão muscular nessa região. Dependendo do parto, se normal ou cesariana, algumas adaptações podem ser feitas na linha de trabalho afim de tornar as aulas mais objetivas e especificas para cada caso.
QUANDO POSSO COMEÇAR?
Assim que houver liberação médica (geralmente após o terceiro mês), ou caso já pratique alguma atividade, poderá fazer Pilates desde o início da gestação, por não ser um trabalho de impacto e por existir uma linha específica de trabalho para esse caso. Lembrando a necessidade de realizar aulas com profissionais capacitados que tenham cursos de especialização na área.
Fonte:Luiz F Garbelotti
Nenhum comentário:
Postar um comentário