segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

Desvendando o Parkinson no ambiente Pilates

Segundo algumas pesquisas, a prática de exercícios físicos bem administrados durante o tratamento retardam os efeitos deletérios das doenças degenerativas permitindo ao paciente preservar por mais tempo a noção de tempo e espaço. E isso não é uma novidade para profissionais de movimento. A novidade pode estar relacionada à prescrição ser mais objetiva ao quadro que se apresenta.
O ambiente Pilates é propício para uma cinesioterapia eficaz, pois no seu repertório de exercícios existe um grande espectro de movimentos que perpassam desde o movimento passivo, os que resistem à força das molas, até os que resistem à gravidade.
O sistema de molas do Pilates e suas diversas e amplas bases de suportes, permitem o conforto em momentos onde se torna mais difícil realizar aquele exercício prescrito no tratamento. Dessa forma, precisamos de um profissional sensível, atento e estudioso para abordar esse paciente/cliente.
A rigidez muscular tão comum na chamada doença da imobilidade, impede movimento e o paciente tem a sensação de “travamento”. Muitas vezes o indivíduo acorda porque tentou se mover e não conseguiu. Nestes casos, precisamos trabalhar primeiramente com exercícios passivos, para atenuar esse quadro de rigidez e permitir que o paciente relaxe , libere músculos e articulações . A partir dessa melhora no tônus, ele pode conseguir mais mobilidade para realizar exercícios ativos (os de alongamento e os de resistência).
Quando a rigidez está instalada fazer exercícios de resistência, pode não ser uma boa opção e isso precisa ficar claro. Fazê-los onde há contratura e espasticidade, pode gerar outros problemas. Aqui, exercícios passivos e de relaxamento são os recomendados.
Para a instabilidade postural sugerimos exercícios de equilíbrio unipodal, e bipodal (estáticos e dinâmicos), bem como estímulo aos exercícios de estabilização de todo o corpo. Enfatizando que o conceito de estabilização aqui, neste texto, quer dizer ativação de músculos estabilizadores + mobilidade das articulações dentro de uma tarefa que exige controle motor.
Para os casos onde a postura cifótica comprime o pulmão e o diafragma, é importante estimular o princípio da respiração pois dessa forma tentaremos contrapor a postura que quer se instalar enquanto os beneficiamos aumentando o volume e capacidade pulmonar e assim a elastância e complacência do pulmão, que propicia a mobilização do tronco com mais facilidade. Além disso, o diafragma fica mais livre para massagear os órgãos e ajudar no movimento dos intestinos. Normalmente os Parkinsonianos tem constipação intestinal, por conta da rigidez que é comum ao quadro e também da medicação.
Veja sugestões de exercícios do repertório da Physio Pilates/Polestar Pilates Internacional e aguardem as informações na nossa próxima edição.

Fonte:Selma França

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