terça-feira, 26 de julho de 2016

Seja feliz


Mastectomia X Pilates


Saiba como a fisioterapia pode ajudar no pós-operatório das cirurgias de mama.
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 Infecção, linfedema (inchaço no braço), limitação da capacidade funcional do braço e do ombro, dor e parestesia (sensação de formigamento, picada, queimadura) são alguns dos efeitos físicos e motores decorrentes da cirurgia de mama: mastectomia (cirurgia para retirada da mama antes do desenvolvimento do câncer) ou quadrantectomia (retirada apenas de um dos quatro quadrantes da mama).


A recuperação funcional pode causar uma tensão a mais. O medo de sentir dor e a possibilidade de uma incapacidade faz com que algumas mulheres apresentem dificuldades na realização dos exercícios de recuperação, descreve a fisioterapeuta Mônica de C Cavalcante.

No caso da paciente mastectomizada, afirma a fisioterapeuta que assiste há 15 anos mulheres com câncer de mama, a postura corporal tende a sofrer ainda mais, principalmente caso a paciente tenha uma mama grande e pesada. Com a cirurgia (e ausência do peso da mama) fará com que o ombro (do lado operado) se eleve e gire internamente, abduzindo a escápula e provocando uma contratura muscular da região cervical e dor.

A atuação da fisioterapia é vital no sucesso do tratamento, desde o pós-operatório imediato (P.O.I.) ao acompanhamento sistemático na prevenção e tratamento do linfedema (´inchaço do braço), quando é realizado esvaziamento axilar. Quando não é possível uma reconstrução mamária imediata (no ato cirúrgico), ´o profissional de fisioterapia acompanha a adaptação de próteses externas, uma vez que, a falta ou extirpação da mama ocasiona um prejuízo não apenas estético, como postural.

O programa de reabilitação inclui massagens de drenagem linfática, enfaixamento compressivo, malhas de compressão e exercícios. ´A drenagem linfática dilata os canais tissulares, favorecendo a formação de neoanastomoses linfáticas, estimulando o trabalho dos capilares linfáticos e a motricidade dos linfáticos. Também promove o relaxamento e/ou diminuição da densidade do tecido conjuntivo alterado´, descreve Mônica Cavalcante.

A bandagem compressiva é também parte essencial no tratamento do linfedema. Segundo Mônica Cavalcante, a aplicação da bandagem deve ser feita juntamente com a drenagem linfática, cuja finalidade é manter o membro superior com menor volume possível. ´É particularmente necessária, pois reduz a pressão hidrostática do sangue para os tecidos, aumentando o prolongamento dos ramos linfáticos´.

Pesquisas

Segundo estudos recentes, há relatos de mastectomizadas que sentem dor na região cervical e cintura escapular. Dentre as causas mais freqüentes de dor, afirma Mônica Cavalcante, podemos citar: a proteção muscular reflexa, que produz dor e espasmo muscular na região cervical e ombro; sensibilidade alterada da musculatura da cintura escapular, podendo restringir a musculatura ativa do ombro; diminuição no uso do ombro superior envolvido após a cirurgia, predispondo ao surgimento do ombro congelado crônico, além de aumentando a probabilidade de linfedema no membro.

A osteopatia é outro aliado no processo de recuperação física. Durante o pós-operatório, a dor pode levar a diferentes graus de limitação de movimentos, que poderão intervir na dificuldade de movimentação do membro superior homolateral.

No âmbito das alterações indesejáveis da postura, o tratamento pode incluir om uso da Reeducação Postural Global (RPG), método que consiste em um conjunto de técnicas manuais analíticas e globais. São manobras de mobilização das regiões hipomóveis; para conscientização das mudanças posturais, entre outras. Mas com o objetivo de corrigir as adaptações e as compensações de forma a tratar as causa e não os sintomas.
Manobras ajudam a manter a forma

A aplicação de drenagem linfática atua na recuperação das cirurgias de mama (mastectomia e quadrantectomia) de forma preventiva no tratamento dos inchaços nos membros, problemas relativamente comuns em cirurgias desse porte. O objetivo, segundo destaca a fisioterapeuta , é manter o membro homolateral o mais próximo do normal, não permitindo assim que o linfedema se instale e os movimentos da paciente fiquem ainda mais comprometidos.

A fisioterapeuta ressalta a necessidade de se conhecer bem a classificação para o linfedema. Segundo a classificação vigente, o inchaço pode ser do tipo primário (que ocorre logo após a cirurgia); secundário (que pode surgir meses ou até mesmo anos após a cirurgia de mama); agudo (normalmente amenizado durante o período de descanso); e o crônico (que tem uma permanência maior, que pode durar por cerca de três meses, acrescido de alterações na pele).

Muitas das manobras fisioterápicas consistem na manutenção e ganho da amplitude de movimentos, permanência da força muscular, prevenção de inchaços, diminuição de algias, alongamento; ou seja, a realização de todos os movimentos possíveis, de forma a respeitar a capacidade do paciente.

FIQUE POR DENTRO

Pilates: um aliado no tratamento convencional

A aplicação do método pilates não se restringe aos aspectos curativos e de reabilitação da paciente, mas principalmente na prevenção de complicações e seqüelas decorrentes do tratamento. O método gera benefícios físicos e mentais, assim como bem-estar e qualidade de vida para as mulheres mastectomizadas.

Muitos são os objetivos: prevenir complicações respiratórias, circulatórias e osteomioarticulares; manter a amplitude do movimento e da força muscular; prevenir o linfedema; diminuir as algias; promover a conscientização postural, o relaxamento e o alongamento; e melhorar a movimentação global.

O método foi elaborado no começo do século XX pelo atleta alemão Joseph H. Pilates como um sistema de exercícios para melhorar a flexibilidade, consciência corporal, equilíbrio e força, sem a hipertrofia muscular. Pilates acreditava que o estilo de vida moderno, má postura corporal e respiração ineficiente ocasionavam saúde ruim.


Fonte: Diário do Nordeste

Já falamos aqui sobre o tratamento do linfoedema ( inchaço) de membro superior em mulheres pós retirada de parte ou da totalidade de sua mama por Câncer de Mama. Mais especificamente sobre o uso da linfoterapia ( drenagem linfática manual, enfaizamento compressivo e exercícios). Porém, na reabilitação da paciente também deve-se levar em conta a recuperação da auto-estima, da força muscular e da amplitude de movimento do braço ipsilateral ao trauma cirúrgico. E porque não fazendo pilates? Claro que sim!! Seguindo os princípios básicos do pilates, o alongamento, a respiração, a fluidez de movimentos, o ganho de força muscular, dentre os vários outros benefícios, o pilates se encaixa perfeitamente como método escolhido para esta reabilitação. Mas é importante a ressalva: apenas acompanhada por profissional que esteja habilitado não só para a realização do método pilates mas também quanto ao entendimento e prática sobre a pós-mastectomizada, os seja, tem que conhecer muito bem as consequências de uma retirada da mama, e todas as intercorrências que podem vir a surgir caso o trabalho não seja guiado corretamente por ele ( instrutor do pilates).Para estas alunas, o pilates dará a recuperação do esquema corporal perdido após a retirada da mama, que influencia na alteração do centro de gravidade do tronco, já que uma das mamas não está mais lá, e também na queda do ombro do mesmo lado da retirada da mama e perda de força muscular e amplitude de movimento e flexibilidade do membro superior(braço) do mesmo lado. A aluna tem então um deslocamento de seu centro de gravidade para o lado da mama sadia. A orientação que o pilates oferece quanto a estes estímulos proprioceptivos, principalmente quando utiliza os planos instáveis ( bolas e rolos por exemplo), é que a faz resgatar o equilíbrio que lhe falta. Portanto, faça pilates queridas mastectomizadas. Os benefícios são excelentes e a um menor espaço de tempo e com muita segurança. Só lembre de procurar um instrutor capacitado em sua condição!! Isso é o mais importante!!

Imagine passar por um ano de tratamento de câncer de mama, incluindo cirurgia, remoção de gânglios linfáticos, quimioterapia e radioterapia. O seu corpo sente-se como se estivesse estado em guerra, sob bombardeamentos constantes. Terminada esta fase, está na hora de recomeçar a sua vida e iniciar uma dieta restrita e um programa de exercícios. Aí então, você descobre que está com linfedema. Dos 2 milhões de sobreviventes do câncer de mama nos Estados Unidos, aproximadamente 200.000 a 400.000 têm linfedema, para o qual não existe cura.

Apesar do exercício ser um dos fatores mais importantes, tanto na redução do risco de câncer de mama, como nos tratamentos pós cirurgia, até 2005 a Rede Nacional de Linfedemas nos Estados Unidos aconselhava as mulheres em risco de linfedema a não praticarem exercícios ou atividades exaustivas, como, por exemplo, levantar pesos maiores do que 2,5 kg. Não é de admirar que as mulheres mastectomizadas, assim como a comunidade médica, sentiam-se confusas com a recomendação de evitar atividades mais cansativas – recomendação essa baseada mais no medo do que em pesquisa consistente.

Precauções na Prática de Exercícios para Pacientes em risco de Linfedema

Obter consentimento médico antes de iniciar a prática de exercícios.

Não medir a pressão arterial no braço afetado.

Evitar a prática de exercícios quando está muito calor. Exercitar-se em lugares arejados ou com ar condicionado, se possível.

Use protetor solar e repelente de insetos quando estiver praticando exercícios ao ar livre.
Usar uma manga ou luva de compressão se assim for recomendada pelo seu fisioterapeuta. (Não é necessário em caso de exercício aquático).

Em caso de sintomas tais como sensação de peso, dormência, vermelhidão, inflamação, lesões de pele, febre, dor ou coceira, contacte um médico imediatamente.

Evite a massagem tradicional na área afetada.

Mantenha-se bem hidratada. A hidratação é essencial para a função linfática.

O que é um Linfedema?

O linfedema é a retenção localizada de fluidos, provocada por um bloqueamento do sistema linfático. No caso de pacientes com câncer de mama, o linfedema causa inchaço nos tecidos moles do braço, mão, tronco e peito no lado da cirurgia. Mulheres que sofreram dissecação axilar e/ou radiação estão particularmente em risco.

Os sintomas incluem sensação de peso, dormência, fadiga e, algumas vezes, dor. As mulheres afetadas têm movimentos limitados dos braços e diminuição da força muscular, causando restrições nas suas atividades. O braço mais “duro” a medida que o linfedema piora.

O linfedema pode desenvolver-se meses ou anos após o tratamento de câncer e pode ser provocado por uma infecção, movimentos repetitivos, viagens de avião, picadas de insetos, massagens vigorosas ou obesidade. Obviamente que prevenir um linfedema ou detectá-lo precocemente é melhor do que tratá-lo em estado avançado.

O Sistema Linfático

Entender o sistema linfático é importante para se elaborar um plano apropriado de exercícios. 

O sistema linfático age como um sistema de drenagem, ajudando a manter o equilíbrio corporal de fluidos, enquanto filtra produtos nocivos e destrói bactérias e células cancerosas. 

É composto de linfonodos, ductos e vasos coletores que trabalham juntos para remover o excesso de fluidos dos tecidos do corpo. O ducto linfático direito coleta fluidos do braço, do peito e da cabeça do lado direito. O ducto torácico esquerdo coleta fluido das pernas, do braço, cabeça e peito do lado esquerdo.

Os gânglios linfáticos atuam como filtros, produzindo linfócitos que ajudam a destruir bactérias, células cancerosas e outros desperdícios. Existem aproximadamente 30 a 45 linfonodos na região da axila; se há suspeita de câncer nos gânglios, geralmente são removidos de 10 a 15 para evitar que se espalhe. Se os linfonodos remanescentes não conseguem compensar o trabalho daqueles que foram removidos, poderá então surgir o linfedema. A radiação pode causar ainda mais danos devido à cicatrização dos vasos linfáticos. Finalmente, a tendência natural de proteger o braço após a cirurgia causa encurtamento dos músculos peitoral maior e trapézio e distensão dos músculos que estabilizam o ombro. A subsequente perda da mobilidade pode prejudicar ainda mais a drenagem linfática normal do braço.

Exercícios que enfatizam a respiração profunda e flexibilidade,
tais como a Yoga e Pilates, são particularmente benéficos.

O Papel do Exercício Físico

Como é que o exercício pode então fazer a diferença? Ao contrário do sistema circulatório, o sistema linfático não possui um bombeamento central; ele é estimulado pelas mudanças de pressão das contrações musculares ou da respiração profunda. A respiração profunda melhora o bombeamento no ducto torácico; as contrações musculares realizadas em uma sequência específica (geralmente a partir das extremidades em direção ao tronco) pode aumentar o retorno linfático. Além disso podem ser feitos exercícios para alongar os músculos peitoral maior e trapézio, e fortalecer os músculos do ombro. Exercícios que enfatizam a respiração profunda e flexibilidade, tais como a Yoga e o Pilates, podem ser particularmente benéficos.

Aquecimento

Aquecimento adequado prepara o corpo para o exercício e abre os canais linfáticos. O aquecimento pode incluir:

Respiração profunda.

Rotações do pescoço.

Protração e retração dos ombros (levar os ombros para frente e para trás).

Rotação desenhando círculos com os ombros
         
Exercício Cardiovascular

É recomendado 20 a 30 minutos de exercício aeróbico, como caminhada ou natação, de 3 a 5 vezes por semana.

Treino de Força

 O treino de força na área afetada tem sido um assunto controverso. Tente fazer os exercícios com calma e siga as instruções abaixo:

Sempre inicie com aquecimento antes de começar o treino de força no braço afectado.
Observe a resposta ao exercício. Fique atenta a qualquer inchaço na área, o qual poderá indicar que a carga ou o número de repetições está muito alto, ajustando então o programa de acordo com essa resposta. (um fisioterapeuta poderá lhe ensinar como medir a circunferência do braço, com a fita métrica).

Use uma luva de compressão (geralmente prescrita pelo fisioterapeuta ou terapeuta ocupacional).

Concentre-se nos músculos dos ombros e das costas, incluindo o deltóide, serrátil anterior, trapézio, rombóides e os músculos estabilizadores do ombro, chamados de manguito rotador, para otimizar o fortalecimento do ombro e promover vias alternativas de drenagem linfática.

Trabalhe a região abdominal para facilitar o retorno do fluxo linfático ao ducto torácico.
Para dar um descanso ao braço afetado, alterne os braços; alterne também exercícios para o tronco superior e inferior ou treine em circuito, incluindo tanto o treino cardiovascular como o treino de força.

Planeje um programa para 2 a 3 vezes na semana. Comece devagar e vá progredindo gradualmente (ex. 1 série com carga de 1 kg no primeiro dia; 2 ou 3 séries com 1kg nos segundo e terceiro dias). Ao aumentar a carga, reduza o número de séries.

Proceda da maneira usual para treinar o braço não afetado, tronco, abdominais e pernas, a não ser que a reconstrução da mama tenha sido feita utilizando o músculo reto do abdomem. Neste caso, consulte o seu médico antes de começar qualquer exercício abdominal.

Inclua exercícios de Pilates, os quais enfatizam a postura e respiração enquanto trabalham a região abdominal.
          
Flexibilidade

Exercícios de alongamento para os ombros, região axilar, região do músculo peitoral e grande dorsal podem ajudar a alongar o tecido cicatricial e diminuir o endurecimento axilar e a compressão do desfiladeiro torácico, aumentando o fluxo linfático. Como o tecido cicatricial continua a se formar durante 1 a 2 anos, os alongamentos devem ser feitos várias vezes ao dia, pelo menos durante um ano após a cirurgia e, preferencialmente, deve tornar-se um hábito de vida.

Minimize os problemas enquanto Maximiza os Ganhos

O seu programa de exercícios deve ser baseado no seu historial médico, preferências e nível de atividade. A progressão no exercício deve ser feita devagar e com segurança, e sempre com o objetivo de recuperar a forma física, função e resistência.

Tipos de Exercício de Flexibilidade

Os alongamentos devem ser feitos devagar. Deve-se expirar durante a fase de esforço e manter a posição por 10 segundos, no início, aumentando gradualmente para 30 segundos após algumas repetições. Estes exercícios devem ser feitos de 5 a 10 vezes seguidas, várias vezes durante o dia.

Elevação do Ombro

Equipamento: bola ou bastão pequeno e leve. 

Deite-se de costas com os joelhos dobrados, pés e costas apoiadas firmemente no chão.
Segure a bola com ambas as mãos e inspire. Expire e lentamente erga a bola acima da cabeça, mantendo os cotovelos estendidos.
Mantenha a posição até sentir desconforto, mas não dor. Respire profundamente enquanto segura a bola na altura máxima. Vá gradualmente alongando o braço afetado.

Dica: para efeito de progressão, este exercício pode ser feito na posição sentada em uma cadeira ou em pé.

Importante: pessoas com problemas nos joelhos não deverão fazer este exercício.

Alongamento com Bola

Equipamento: bola terapêutica. 

Ajoelhe-se, com os quadris sobre os calcanhares, pernas apoiadas contra o chão e com o peso do corpo nos pés.

Coloque as mãos em cima da bola, mantendo os cotovelos estendidos e abdominais contraídos.

Lentamente role a bola para a frente, com ambas as mãos para o mais longe possível, e mantenha a posição, sentindo o alongamento.

Role a bola o mais longe possível para a direita e mantenha a posição.

Role a bola o mais longe possível para a esquerda e mantenha a posição.

Pesquisa Relevante em Treino de Força

O treino de força pode melhorar a qualidade de vida das mulheres mastectomizadas. Entretanto, as pesquisas em torno deste assunto ainda estão apenas no início.

As preocupações iniciais relacionavam-se basicamente com a técnica inadequada de exercícios a qual poderia causar inflamação e trauma. Além disso, o aumento da pressão sanguínea proveniente de um exercício de resistência poderia contribuir para a sobrecarga linfática. Estima-se que a média do fluxo linfático durante o exercício aumenta de 2 a 4 vezes mais do que em descanso.

Quase não existem achados relevantes de pesquisas nesta área, porém estudos recentes que investigaram os efeitos de exercícios de carga do tronco superior, sob supervisão, na incidência e sintomas do linfedema, indicaram que não houve alteração na circunferência do braço após o treino de força.

Por exemplo, um desses estudos indicou que um programa de resistência feito 2 vezes por semana, durante 6 meses, não aumenta o risco de linfedema e não piora um linfedema já existente. Nesses estudos recentes, as áreas trabalhadas incluíram as costas, ombros, quadris e coxas. Foram usados exercícios sem carga e exercícios com equipamento de resistência variada. A resistência foi sendo aumentada gradualmente e os praticantes usaram luva de compressão (o papel da luva é de aumentar a pressão durante as contrações musculares, melhorando o retorno do fluxo linfático ao coração e evitando o extravasamento dos fluidos linfáticos para os tecidos).

É necessário, porém, que as pesquisas continuem para que seja recomendada a melhor frequência e intensidade de força para mulheres em risco. Estudos com grupos maiores e com acompanhamento mais longo, irão com certeza ajudar a esclarecer dúvidas que ainda existam a esse respeito.

Fonte: Naomi Aaronson 

Vamos pilatear


terça-feira, 19 de julho de 2016

Pilates e prevenção para atletas e idosos

Como prevenir lesões?
Uma das maiores causas de ocorrência das lesões é a falta de equilíbrio e a execução motora incorreta de movimentos associada a fadiga muscular que diminuem o controle e os reflexos. Isso nos deixa mais vulneráveis em terrenos instáveis e propensos a quedas e contusões. Quando chegamos na 3a idade temos novos agravantes: problemas na visão, enfraquecimento dos membros inferiores, medicamentos psicoativos, doenças neurológicas, etc.

As lesões podem ser das mais simples como um entorse ou uma contusão, ou podem ser mais sérias e dolorosas como uma luxação, lesão ligamentar, lesão tendinosa, tendinites e bursites, distensão muscular, lesão meniscal, condromalácia, fratura, periostite, espondilolistese, cotovelo do tenista e outros.

Melhor do que se recuperar de uma lesão de forma rápida e eficiente é poder evitá-la. Hoje com o avanço da medicina, a maioria das pessoas conseguem se recuperar com um mínimo de seqüelas, já os atletas sofrem por nunca terem tempo suficiente para se recuperarem completamente e acabam reincidindo as mesmas lesões sem falar nos idosos que ao sofrerem uma queda, devido aos ossos mais fracos é muito comum ocorrer uma fratura fazendo com que eles fiquem internados muito tempo para a sua recuperação. Esse período é crítico, pois muitos acabam pegando infecções hospitalares, enfraquecendo tanto que nunca mais voltam a andar ou acabam morrendo depressivos por terem se tornado dependentes da ajuda dos familiares.

Segundo pesquisas 60% das pessoas caem em casa (tapetes, degraus muito baixos ou muito altos, piso desnivelado, brinquedos ou pequenos objetos caídos no chão, fraca luminosidade, móveis instáveis, etc), 30% em locais públicos e 10% nos hospitais.
Como evitar acidentes no lar?
Praticar uma atividade física visando a melhora do equilíbrio, propriocepção, força e flexibilidade. Assim como fazer a correção do padrão motor e a correção postural. 


Tornar a área de vivência mais segura (eliminando pequenos obstáculos causadores de tropeços, utilizando pisos anti-derrapantes, etc.)

Fazer anualmente exames de visão.

Divulgar essa informação para que as quedas sejam evitadas ou minimizadas.

O PILATES é uma forma muito eficiente de prevenção de lesões, assim como tem provado ser excelente na pós-reabilitação e recuperação das mesmas por desenvolver a força de forma gradual e balanceada, trabalhando a estabilização da coluna, desafiando o equilíbrio e melhorando os reflexos. Tem como objetivo tornar o movimento mais eficiente e econômico, melhorar a postura e o alinhamento das extremidades, corrigindo os movimentos errôneos de forma natural, onde os novos padrões são facilmente transferidos ao dia-a-dia.Vale a pena conferir!!!

Flymoon

O balancinho dos berços antigos serviu de inspiração para um dos acessórios mais completos e divertidos das academias e estúdios de pilates. Batizado como flymoon, o equipamento foi desenvolvido por uma equipe brasileira e já faz sucesso na Alemanha e na Suíça, ajudando a desenvolver o equilíbrio e a consciência corporal. Os movimentos trabalham postura e força de maneira muito criativa. Alunos de todas as idades podem praticar exercícios com a flymoon.

 A instabilidade, atrativo do aparelho, é também fonte de seu maior risco. Perder o equilíbrio e cair é comum no início da prática. Mas isso não chega a ser um problema quando as medidas de segurança são tomadas, o desequilíbrio até faz parte do treino e serve como desafio.Todo o trabalho é baseado num conceito que batizei de instabilidade poética, ou seja, oferecer instabilidade ao corpo até que ele alcance a estabilidade. Mas isso sempre a favor do movimento, nunca para estar rígido e tenso . A seguir, você conhece um pouco mais os detalhes do equipamento, que pode ser usado em casa.



Do
que é feita: o acessório é de compensado laminado, em sistema especial que permite dar o formato curvo. As bordas são de madeira maciça, tudo revestido com camadas de espumas especiais para oferecer as condições de segurança e conforto ao aluno.


 Mais equilíbrio: com o acessório, o aluno consegue entender como faz a distribuição de peso entre os membros e como mantém o equilíbrio. É um trabalho que chamamos de propriocepção: a base instável propicia a ativação da musculatura mais profunda do corpo, que trabalha involuntariamente no alcance do equilíbrio, reconfigurando nossos aparelhos posturais (olhos, pés) , afirma a Clara Trigo. Segundo ela, isso ajuda na postura e também previne quedas, em qualquer idade. 


Várias posições: a flymoon rende movimentos em pé, sentado, deitado de barriga para cima ou para baixo, agachado, ajoelhado, de frente, de lado ou de costas. Com o corpo deitado no chão, podemos apoiar os pés nas bordas e reconhecer a descarga de peso em cada membro. Podemos também deitar com a bacia na flymoon e balançar para os lados, mobilizando a coluna, com a sensação de não ter gravidade. Podemos ainda apoiar as costas dentro da concavidade, como num "bercinho" e trabalhar a musculatura de rotação do tronco.
 


Todo poder aos músculos: existem exercícios para as diversas cadeias musculares do corpo, que proporcionam tonificação, flexibilidade e resistência. Mas, segundo os especialistas, a musculatura profunda (mais próxima ao esqueleto) é a mais ativada. Com isso, além do benefício estético, há o proprioceptivo e o postural.




Mais consciência corporal: a percepção do corpo é trabalhada de dentro para fora e de fora para dentro. Dessa maneira, o equipamento desenvolve não apenas a consciência corporal, além da consciência do espaço ao redor e das outras pessoas.
 

Equilíbrio à prova: um desafio para quem quer começar é tentar ficar em pé, com os pés nas bordas da flymoon e não deixar que ela balance para os lados. A idéia é permanecer parado, equilibrando-se. Vale ainda se sentar dentro dela com as pernas cruzadas e controlar o balanço de um lado para o outro, sem impulsos e sem perder o controle. 



Fonte: Clara Trigo

Pilates durante a gravidez


Pilates durante a gravidez – benefícios e restrições

Segundo o Prof. Esp Fabiano L Sanches, a prática do método neste período não tem nenhuma restrição, a não ser que a futura mamãe tenha uma gravidez de risco, com a possibilidade de aborto. Se a mulher não praticava exercício físico antes da gravidez, deve começar após o terceiro mês e de uma forma bem suave, bastando obedecer a um dos conceitos básicos do método que é o de respeitar os limites e a individualidade de cada pessoa. O momento de parar também é variável de pessoa para pessoa, podendo, se não houver nenhum tipo de desconforto em sua prática, ser praticado até o último mês de gravidez. Sobre os benefícios, nós temos o fortalecimento da musculatura do assoalho pélvico (que irá contribuir na hora do parto), bem como de toda a cintura pélvica proporcionando uma melhor sustentação desta região com o peso do feto. Promove, também, o alinhamento da postura contribuindo para o não surgimento das dores lombares. Com o método, a respiração é reeducada e a mamãe se torna mais tranquila e consciente dos seus atos, com mais coordenação e controle destes.

segunda-feira, 18 de julho de 2016

Benefícios para a terceira idade

De acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde) em seu documento “Envelhecimento ativo: Uma política de saúde”, uma atividade física regular e moderada reduz o risco de morte por problemas cardíacos em 20 a 25% em pessoas com doença do coração diagnosticada, além de reduzir substancialmente a gravidade de deficiências associadas à cardiopatia e outras doenças crônicas. Assim, o Método Pilates estaria enquadrado neste contexto para prevenção primária, secundária e terciária da saúde.
O Método Pilates foi idealizado por Joseph Pilates e é um programa completo de condicionamento físico e mental que tem como objetivo melhorar o equilíbrio entre a performance e esforço, através da integração do movimento, a partir do centro estável e sinestesia realçada. Trabalha o corpo como um todo – corrige a postura e realinha a musculatura, desenvolvendo a estabilidade corporal necessária para uma vida mais saudável e longeva (Steers, 2006).
Joseph Pilates juntou os melhores aspectos das disciplinas dos exercícios orientais e ocidentais, e é o equilíbrio desses dois mundos. Do Oriente, Pilates trouxe as filosofias de contemplação, relaxamento e a ligação entre corpo e mente. Do Ocidente, trouxe a ênfase no enrijecimento muscular e a força, a resistência e a intensidade de movimento. Seu método utiliza o corpo inteiro, e não apenas uma parte dele. Usando o corpo inteiro, equilibra-se o uso de grandes músculos superficiais com profundos e pequenos músculos de resistência, responsáveis por manter a força interior(Craig, 2003).
Seus princípios são: relaxamento, concentração, alinhamento, respiração, coordenação e resistência.
Os benefícios deste método são: aumento de força, maior controle muscular, integração corpo e mente, melhora da capacidade respiratória, aumento da flexibilidade, fortalecimento, correção da postura, reestruturação do corpo, prevenção de lesões, aumento da consciência corporal, aumento da auto-estima e alivio de dores musculares (Camarão, 2004).
Pilates considerou a área abdominal em conjunto com os músculos profundos da coluna, bem como os centros de força do corpo, “casa de força” (Powerhouse) que é a área entre as costelas superiores e a pélvis.
Um dos princípios fundamentais do método Pilates é que a “casa de força” é o centro de todo movimento: quanto mais forte a casa de força, mais poderoso e eficiente é o movimento. Portanto, antes de cada exercício de Pilates, um centro é recrutado, empurrando delicadamente o umbigo e contraindo os músculos profundos do abdômen. O objetivo é manter o centro corporal estável enquanto os movimentos de braços e pernas são executados com precisão.
Os três músculos abdominais (o reto abdominal, os oblíquos externos e internos e o transverso abdominal) trabalham com os músculos da coluna (os mais importantes são os multífidos e o quadrado lombar) para formar o centro de força. Os praticantes do método Pilates também incluem o assoalho pélvico na “casa de força” pela forma que este arranjo de músculos e ligamentos conecta-se ao sistema nervoso central dos músculos profundos abdominais. Localizados na partem de baixo da pélvis, o assoalho pélvico consiste de músculos utilizados para controlar o fluxo da urina e impurezas sólidas do corpo. Fortalecer estes músculos nas pessoas idosas é importante, pois neste período a incontinência urinária e fecal é muito freqüente (Craig, 2004).
Influência na Postura
A postura incorreta faz mais do que diminuir a auto confiança e a dignidade: obstrui a respiração, tensiona os músculos e ligamentos e pode afetar adversamente as articulações da coluna, propensas a artrite, artrose e dor generalizada. As alterações de postura do idoso são: cifose constituída pela cifose dorsal e cervical – a cabeça é projetada para frente e os ombros ficam cronicamente curvados, repuxando apenas os músculos do pescoço; diminuição da curvatura lombar; aumento do ângulo de flexão do joelho e o deslocamento da articulação coxofemoral para trás e a inclinação do tronco para frente.
A rigidez articular e muscular que se instala nos idosos será trabalhada através dos exercícios do método Pilates, assim como a tensão em trapézios e paravertebrais que em conjunto com a “casa de força” levará a uma postura mais alongada.
Vários músculos do sistema respiratório estão inseridos nas vértebras lombares e cervicais e nas costelas influenciando a postura. O diafragma é um músculo respiratório que separa o tórax do abdomen. Quando a “casa de força” nos exercícios do método Pilates é acionada através da respiração, o diafragma é trabalhado levando inclusive a um relaxamento e gerando uma postura correta.
Influência na flexibilidade
Nos exercícios de Pilates os alongamentos são estimulados sempre, levando a uma maior flexibilidade do corpo. Com o envelhecimento, torna-se maior o número de ligações de colágeno intra e intermolecular, o que dificulta o “deslizamento” das proteínas. O tecido fica mais rígido, menos elástico e mais propenso a lesões. Com um estilo de vida pouco ativo, o envelhecimento, a imobilização e as doenças neuromusculares diminuem o tamanho e a quantidade de tecido colágeno. Conseqüentemente, o tecido muscular se enfraquece e a elastina aumenta proporcionalmente. Dessa forma, o tecido combina a elasticidade com a fraqueza.
Uma vida ativa é primordial para manter a homeostase entre a síntese de colágeno e sua degradação. A síntese do colágeno depende da habilidade da célula em transmitir a força mecânica em uma ação bioquímica.
Sabe-se que exercícios de alongamento estimulam a renovação de colágeno para suportar maior estresse. Além disso, melhoram a homeostase entre as glicosaminas e a água, conservam o espaçamento interfibrilas e diminuem as condições favoráveis a formação de adesões (Achour Jr, 2006).
Nos diabetes do idoso as regiões mais limitadas de flexibilidade são as falanges e os ombros. Achour (2006) relata que Jósza& Kannus (1997) revisaram várias pesquisas, evidenciando que os diabetes também afeta o tendão.
Assim, observamos que os exercícios de Pilates ajudam ao idoso com diabetes trabalhando com alongamentos e exercícios de força para melhorar a flexibilidade e a força em ombros e tendões.
Articulações mal alinhadas e frouxas facilitam a instalação de lesões e osteoartroses nos idosos. Há revisões de literatura (Achour Jr, 2006) em que se observou que lesões nos ligamentos colaterais e lesões do menisco associavam-se ao desenvolvimento da osteoartrose em idades prematuras.
Instalada a osteoartrose no joelho e quadril, ela aumenta o custo energético para determinado esforço, dificultando a subida e descida de escadas. Em algumas situações, pode impedir a movimentação até em atividades simples como jardinagem e passeios em parques.
O idoso consegue eliminar a rigidez da osteoartrose e grande parte da dor mediante a pratica contínua de exercícios de Pilates, ativando assim a circulação e diminuindo os espasmos musculares.
É importante para o idoso manter índices de flexibilidade, porque com isso consegue-se interromper a redução natural da flexibilidade. Assim os efeitos dos exercícios de alongamento são positivos independentes do aumento da flexibilidade (Achour Jr, 2006).
Influência na Osteoporose
Na osteoporose há muita fragilidade do esqueleto e maior suscetibilidade à fratura após pequenos traumas, além de dores nas costas devido a contraturas musculares ou por microfraturas e deformidade da coluna com diminuição da altura da pessoa. Geralmente o fêmur e a coluna são as mais acometidas.
Nos exercícios de Pilates trabalha-se com exercícios de fortalecimento dos músculos envolvidos com estas estruturas e de extensão da coluna visando melhora da força muscular, condicionamento físico e coordenação (Frontera, 2001).
“Se aos 30 anos você está sem flexibilidade e fora de forma, você é um velho. Se aos 60 anos você é flexível e forte, você é um jovem” (Joseph Pilates)
Fonte:Revista Pilates

Qual o seu objetivo?


Postura

Postura

A má postura acarreta vários problemas. Saber como sentar, deitar, andar e até ficar parado, é fundamental para que você não tenha problemas de coluna. Você pode não imaginar, mas a má postura pode causar dores, desconforto e até incapacidade de movimentos. Por isso é importante ter cuidado desde cedo.


Para os jovens, o peso das mochilas, sentar bem largado nas cadeiras, cabeça mergulhada no caderno, sentar com o corpo tão curvado que até parece um "c", pode provocar, cedo demais, dores na coluna. 

E tem mais erros: sentar sem colocar os pés no chão ou sentar em cima da perna. São hábitos difíceis de mudar do dia para a noite. Na hora de comer então, poucos se lembram da tal postura. A cadeira também é uma desculpa. Além de tudo isso, a correria faz com que andar e postura não caminhem juntos. 




Portanto, é bom lembrar que sentado, andando ou até mesmo parado, nunca deixe de se preocupar com a postura. Aquele velho ditado que diziam os nossos avós, "barriga pra dentro e peito para fora", pode ser prejudicial a sua coluna. O peito para fora pode provocar uma tensão na região dorsal. O erro mais comum é a falta de sustentação da coluna, com os quadris pra frente. 

Uma boa dica é colocar uma toalha enrolada no encosto da cadeira para deixar a coluna bem retinha. Na hora de andar empine o bumbum, contraia o abdome, levante a cabeça e braços relaxados. Esses toques podem ajudar você a ter uma postura melhor.

Além dos métodos tradicionais, existe uma técnica chamada pilates. O pilates alonga e fortalece a musculatura. Usa aparelhos que primeiro dão assistência para o tônus muscular e depois começam a oferecer resistência. Quanto melhor o tônus, melhor a força muscular. 



Também mexe com a alongamento, que é importante para elasticidade. O músculo que só é forte não funciona bem, é como elástico que não se consegue esticar. 

A técnica melhora o condicionamento físico, fortalece a musculatura e faz a pessoa conhecer melhor seu próprio corpo. É uma combinacão de massagem, exercício físico e alongamento e postura. Está muito ligada a questão do alongamento.


 
Consciência corporal X postura corporal

As pessoas geralmente não medem os esforços e se excedem em abaixar/levantar,pegar pesos,fazer movimentos bruscos e outros "exercícios" que prejudicam o corpo.A postura, algo tão importante para a boa aparência e para a saúde, é sempre deixada de lado.Quantas vezes não nos sentamos de qualquer maneira ou andamos com os ombros caídos,a barriga projetada para a frente? Este método de exercício vai mostrar a você que a consciência corporal e a postura caminham juntas, e elas devem ser sempre observadas para que você tenha uma vida saudável e melhor.
 


Pilates aplicado aos amputados

O método pilates é uma técnica de muita eficácia na reabilitação dos amputados após a colocação de prótese. Os exercícios globais trabalham a força, alongamento e melhora da sensibilidade do coto, a propriocepção, a reeducação da postura. Enfim, o método pilates auxiliará na adaptação do corpo a esta nova condição.


Fonte:Carla Souza

Boa noite


...e você pratica o pilates?