“Se aos 30 anos você está sem flexibilidade e fora de forma, você é um velho. Se aos 60 anos você é flexível e forte, você é um jovem.” ( Joseph Pilates)
sexta-feira, 18 de março de 2016
Dor nas costas
No caso da escoliose adquirida, seu surgimento deve-se à manutenção de uma péssima postura durante prolongado período de tempo. O ambiente de trabalho, assim como o treino físico, será considerado importante na prevenção dessa patologia. O desvio da coluna em “S” pode provocar forte dores e limitar enormemente a qualidade de vida do indivíduo. No treino de Pilates é possível não só prevenir o surgimento de escoliose, mas na maior parte dos casos, também consegue tratar com exercícios de força estimulando o lado mais enfraquecido do corpo.
Na lombalgia, dor mais frequente entre os trabalhadores, existe alguma dano do tipo tecidual ou crônica, em que devido a esforços excessivos, movimentos bruscos ou má postura, o surgimento de dor acontece de forma progressiva e incapacitante.
O Pilates nesses casos objetiva proporcionar um bom condicionamento físico, integrando corpo e mente, melhorando e aumentando a amplitude e capacidade de movimento, trabalhando a força, controle e equilíbrio muscular, diminuindo ou extinguindo os períodos de dor.
O método corrige a postura e melhora a função muscular, permitindo uma vida mais saudável e livre de dores.
Na cervicalgia (dor na região cervical), uma simples contratura muscular no pescoço (torcicolo) pode originar muitas dores. Os sintomas vão desde rigidez na musculatura, postura alterada por conta da dor e alterações na mobilidade. A dor manifesta-se no pescoço, mas pode irradiar para os ombros e membros superiores. Como prevenção, o Pilates pode evitar crises com base em exercícios respiratórios, de mobilização da região e fortalecimento muscular, a fim de estabelecer o correto alinhamento das vértebras cervicais.
Esse tipo de dor é muito comum nos trabalhos mais sedentários (posição sentado) em que há um alinhamento incorreto dos ombros e da cabeça, aumento da cifose dorsal (posição corcunda), lordose cervical (avanço da cabeça) e aumento da tensão muscular do pescoço.
O Pilates propicia relaxamento muscular e consciência corporal para que o indivíduo consiga detectar quando está sobrecarregando as estruturas do pescoço.
Fonte:Canal Pilates
quinta-feira, 17 de março de 2016
quarta-feira, 16 de março de 2016
O pilates, método que integra o corpo e a mente, conquista brasileiros e famosos
Tente visualizar o seu corpo como se fosse uma orquestra sinfônica. Cada músculo corresponde a um instrumento com som e melodia próprios. Tudo na mais perfeita ordem.
Sem que nota alguma soe desafinada, sem que um arranjo grave se sobreponha a um agudo. Assim, a música ecoa de forma agradável e prazerosa. A analogia serve para explicar um pouco como funciona o método que é a febre mundial do momento. Trata-se do pilates, uma técnica que procura trabalhar músculo, tendão, vértebra e osso de forma harmônica para
fazer o corpo funcionar como uma música melódica. A modalidade desenvolvida pelo alemão Joseph Pilates aportou primeiro nos Estados Unidos, para onde havia se mudado na década de 20, quando abriu seu estúdio em Nova York, atraindo basicamente bailarinos. Hoje, nada menos do que seis milhões de pessoas estão lotando academias de pilates naquele país, segundo dados da Pilates Method Alliance (PMA), organização internacional dos profissionais da área. E entre seus fãs figuram estrelas do quilate de Madonna, Julia Roberts e Brad Pitt. É um exército que movimenta uma indústria de US$ 18 bilhão anuais.
Até o início dos anos 90, quem perguntasse a um americano o que era pilates seria capaz de ouvir: “É aquele do julgamento de Jesus.” Nos dias atuais, possivelmente diria que é um método que ajuda a corrigir a postura e melhorar a flexibilidade. “Nos anos 60, a técnica ainda era vista como uma espécie de clube fechado. Reunia seguidores apenas entre os dançarinos. O grande público não conhecia o segredo da boa forma física desses profissionais”, diz Kevin Bowen, co-fundador da PMA. Mas, 30 anos depois,a geração que na década de 60 estava curtindo sexo, drogas e rock’n’ roll começou a pagar o preço dessa esbórnia. Dores lombares, pernas fracas, O início de tudo: Joseph Hubertus Pilates nasceu em 1880 na Alemanha. Na infância, sofria de asma e raquitismo. Desde cedo tornou-se obcecado em superar suas limitações físicas. Ainda adolescente, foi ginasta e mergulhador. Aos 14 anos já estu-dava anatomia e os fundamentos da medicina oriental. Com o tempo, criou o método pilates. Durante a Primeira Guerra, pôde comprovar o resultadode sua criação. Para ajudar na recuperação dos feridos de uma enfermaria, propôs seu programa de exercícios. Em 1926, migrou para os Estados Unidos, onde finalmente abriu seu estúdio em NY.
Joseph viveu até os 87 anos articulações e músculos rígidos, como metal enferrujado: o pessoal entrava na meia-idade com o corpo em petição de miséria. No entanto, a era trouxe
também consigo a onda do culto às celebridades. E foi por isso que pilates entrou no vocabulário e agenda dos cidadãos comuns.
Celebridades – Há cinco anos, a atriz Sandra Bullock chegou a um consultório gritando de dor na coluna. O diagnóstico: lordose. “Meu médico me deu analgésicos suficientes para superar a crise e receitou sessões contínuas de pilates. Nunca mais senti dor nas costas”, diz a quarentona, que ainda mantém corpinho e flexibilidade de mocinha. Como ela, mais de 250 nomes famosos entraram nessa onda. “Nossa geração supostamente vai passar a barreira dos 100 anos de idade. Assim, é preciso estar preparado para enfrentar essa maratona. Pilates me parece o melhor remédio”, afirma a atriz Sharon Stone, 46 anos.
No Brasil, não é diferente. Engrossam a lista de seguidores do método atrizes como Maria Fernanda Cândido. Muitas vezes, entre famosos e anônimos, um dos atrativos do método é a capacidade de transformar o cotidiano. É o que atesta o também ator Guilherme Piva, 36 anos, do Rio de Janeiro. “Minha vida mudou”, garante. Ele frequenta aulas semanais há três anos. Dores musculares e indisposição física, efeitos da modernidade e do excesso de
trabalho, saíram da sua rotina.
Apesar de ter chegado aqui somente no início dos anos 90 e ainda não haver números precisos sobre a participação do método no mercado, há sinalizadores de crescimento.
Prova disso é o interesse cada vez maior das mega academias pela modalidade. A Runner, de São Paulo, por exemplo, vai inaugurar suas aulas em julho. E a frequência naquelas que já dispõem da técnica é considerada alta. Na Fórmula, também na capital paulista, a prática conquista adeptos nas duas apresentações conhecidas: nos aparelhos (dispostos no que se chama de estúdio, uma sala equipada com as traquitanas que permitem exercícios horizontais e verticais) e no solo (conhecida como mat pilates). A modelo Bianca Bizello, 25 anos, é seguidora do pilates há três anos. “Quando você olha do estúdio, dá vontade de fazer de tão curioso que é. E quando você pratica percebe como tudo se reorganiza no corpo. Passei a prestar atenção na maneira como ando e até como fico parada. E minha flexibilidade melhorou”, conta. “Nossa geração supostamente vai passar a barreira dos 100 anos. É preciso estar preparado para enfrentar essa maratona. Pilates me parece o melhor remédio”, diz Sharon Stone, atriz, 46 anos. É importante esclarecer que os princípios do pilates são sempre os mesmos, mas com o passar do tempo alguns seguidores fizeram adaptações. É óbvio que existem os discípulos fiéis. Porém, quem fez um ajuste aqui ou ali se baseia no fato de que é necessário adaptá-lo à evolução do corpo humano. Contendas à parte, a motivação que leva praticantes e profissionais a serem atraídos pelo método é o fato de ele ser completamente diferente dos exercícios convencionais praticados na academia.
Lúdico – No pilates, não existe aquela série de repetições enfadonhas e cansativas, comuns em algumas atividades. Cada movimento é feito no máximo oito vezes. “O que importa é a qualidade do movimento, e não a quantidade”, explica Raul Rachou, bailarino e instrutor de pilates de São Paulo, que conheceu o método com sua mãe, Ruth Rachou, uma das principais difusoras da técnica. Por isso, ninguém sai da aula exausto ou com aquela sensação de corpo moído. Mesmo novatos como a carioca Georgiana Moraes, 51 anos, filha
do poeta Vinícius de Moraes. Ela pratica a técnica há apenas um mês. “As aulas são superlúdicas. Sinto-me uma criança”, conta Georgiana. Ela se movimenta em aparelhos e utiliza grandes bolas nas sessões orientadas pela fisioterapeuta Roberta Barroso.
O principal foco do pilates é dar ênfase ao fortalecimento da região da barriga, que se chama de casa de força ou power house. Os exercícios são feitos para tornar o abdome rígido. “Joseph Pilates defendia que um abdome fortalecido ajuda a dar sustentação à base da coluna”, afirma a instrutora paulista Maria C R Abrami. Outro ponto fundamental é manter o
alinhamento postural durante as atividades. A respiração tem papel importante na execução do exercício. “E deve acompanhar o ritmo de cada atividade”, completa Sara M de Paula, fisioterapeuta e instrutora da técnica. O praticante precisa estar concentrado e atento a todos os movimentos. Assim, a técnica trabalha todos os músculos do corpo e o aluno acaba percebendo a existência deles. “Ele passa a ter o que chamamos de consciência corporal”, explica Eliete Donatelli, instrutora de São Paulo.
Foi exatamente essa sensação que Costanza Pascolato, consultora de moda, teve ao fazer sua primeira aula de pilates em 2001. “É maravilhoso tomar consciência do seu próprio corpo e conhecê-lo melhor”, diz. Ela conta que buscou o método porque queria ter melhor qualidade de vida. “Sofri um acidente em 1995, quando caí de um cavalo e fiquei seis anos sem conseguir andar direito. Já tinha tentado várias opções, mas nada funcionou. Na época, também não estava dormindo bem”, recorda-se. Logo no primeiro mês de prática, Costanza não sentia mais tantas dores no corpo. E depois de três meses conseguia se movimentar normalmente.
Peso – De fato, a prática ajuda na reabilitação de pacientes, principalmente com problemas na coluna. Só é contra-indicada quando a pessoa está com o corpo totalmente travado (nesse caso, deve-se buscar antes um tratamento fisioterápico). O pilates também ajuda no condicionamento físico, já que envolve força na execução das tarefas. E até serve para estimular gordinhos a perder peso. O endocrinologista Filippo Pedrinola, de São Paulo, abriu um estúdio em sua clínica de emagrecimento há um mês. “Como não tem impacto, para quem está acima do peso é bom. E eles se sentem estimulados a seguir em frente”, assegura.
“Meu médico me deu analgésicos suficientes para superar a crise e receitou sessões contínuas de pilates. Nunca mais senti dor nas costas”, afirma Sandra Bullock, atriz, 40 anos, que se queixava de dor na coluna.
Com tantas peculiaridades, os benefícios são diversos. Há maior mobilidade das articulações e flexibilidade do corpo, apenas para citar os mais lembrados pelos praticantes. “O pilates melhora a saúde no geral e promove bem-estar”, diz Inélia Garcia. Para proporcionar esses prazeres de modo eficaz e seguro, o ideal é ter um instrutor o tempo todo ao lado do aluno.
As aulas podem ser feitas de modo individual ou em grupo de no máximo seis.
Fonte:Revista:Isto é
Pilates -fumantes
O Pilates otimiza a respiração e potencializa a capacidade respiratória. Em
todos os exercícios a respiração é enfatizada como instrumento para atingir
qualidade na execução dos movimentos. O contrário também acontece, pois
movimentos adequados com a região do tronco estimulam e ampliam a entrada e
saída de ar dos pulmões.
O principal músculo da respiração é o diafragma. Este se conecta com a
coluna em diversos pontos, desde o topo até a base. Além disso, se conecta
também com músculos, como os abdominais, órgãos internos, além de nervos,
veias e artérias. Um diafragma inibido, que não funciona bem, pode afetar
todos estes sistemas e causar danos diversos, como por exemplo dores nas
costas. Uma respiração otimizada, mobiliza a coluna vertebral na região do
tórax, que provoca a mobilização do sistema nervoso autônomo que, dentre
tantas outras atividades, é responsável pela digestão, reprodução, sono e
relaxamento.
O fumante tem sua capacidade respiratória diminuída. Normalmente utiliza
mais a respiração acessória e respira subindo os ombros. Com isso, pode
inibir o diafragma, sobrecarregando músculos do pescoço, que passam a
comprimir nervos e artérias que alimentam os braços e, com isso, prejudicar
a postura geral. Além disso, a troca de gases (Co2 e O2) se torna
ineficiente. A respiração profunda, usada na execução de diversos exercícios
de Pilates, ou provocada por determinados exercícios, otimiza essa troca de
gases. Quando esta troca é mais eficiente, o resultado é uma melhora do
humor, da imunidade, da saúde dos mais diversos tecidos corporais,
diminuindo a depressão a irritação e o cansaço, tão comuns nos fumantes.
É possível devolver aos fumantes e aos ex-fumantes, através do Pilates, uma
organização corporal mais eficiente, uma conseqüente otimização da
respiração e melhoria da qualidade de vida, além de prevenir problemas
corporais diversos.
Fonte:Revista Istoé:
Exercícios para grávidas
Para iniciar qualquer programa de exercícios, as grávidas devem
primeiramente passar por uma avaliação minuciosa e receber a aprovação de
seu médico. Em alguns casos o exercício está estritamente proibido, já em
outros, deve-se ter cautela, mas não há impedimento para a prática.
No caso da contra-indicação absoluta para se exercitar, tem-se como exemplo
o descolamento prematuro da placenta, sangramento vaginal persistente,
pré-eclâmpsia, doença cardíaca grave, hipertensão pela gravidez (PA maior
que 140 por 90mmHg), retardo do crescimento intra-uterino, e mulheres sem
assistência pré-natal. Em outras situações a grávida pode apresentar algumas
contra-indicações relativas que limitam (mas não impedem) a prática da
atividade física, como é o caso do diabetes, anemia, hipoglicemia, gestação
múltipla, colo uterino dilatado, obesidade ou peso insuficiente, estilo de
vida sedentário.
Que benefícios o exercício pode trazer para as grávidas
Observa-se que as mulheres que praticam exercícios durante a gravidez
apresentam um menor número de desconfortos, tais como edema, câimbras,
fadiga e falta de ar. O exercício pode contribuir para melhora do tônus,
diminuir risco de perda óssea (que ocorre por causa do estrogênio), promover
boa postura e melhorar a mecânica corporal, prevenir lesões por causa da
frouxidão, produzir menor risco de estase circulatória e aparecimento de
varizes. Pode, ainda, ajudar a prevenir dor lombar, incontinência urinária e
a diástase do reto abdominal. Além disso, promover melhora do humor, da
auto-estima e da imagem corporal que podem estar alterados neste período.
O que deve constar num programa de atividades para grávidas
Uma postura apropriada, evitando o excesso de curvas na coluna, uma
distribuição de peso mais equilibrada para os membros inferiores, uma
orientação mais horizontal do olhar para diminuir a projeção da cabeça, com
um menor gasto de energia possível, são boas recomendações para melhorar a
postura e diminuir a dor e os desconfortos.
Deve ser dada uma atenção especial aos músculos do assoalho pélvico na
gravidez, uma vez que eles podem sofrer fraqueza neste período e tem papel
importante no parto vaginal e na recuperação pós-parto (seja no parto
normal, seja na cesariana).
Durante a gravidez os exercícios abdominais favorecem a melhora do
equilíbrio muscular e da postura, melhoram o apoio para o útero em
desenvolvimento, promovem maior estabilização do tronco e alinhamento
pélvico e, ainda, favorecem o aumento da pressão intra-abdominal importante
na defecação, micção e no parto.
A posição quadrúpede pode ser uma ótima escolha para ativação dos músculos
abdominais, mas deve-se ter cautela ao realizar a extensão do quadril nesta
posição e com isso produzir uma hiperextensão lombar. Os exercícios mantendo
a coluna neutra enquanto realiza atividades com os joelhos fletidos (como os
arcos e círculos de fêmur) e os deslizamentos das pernas, são recomendados.
Porém a elevação e abaixamento das pernas com joelhos em extensão são
evitados, já que as articulações na coluna estão mais vulneráveis e sofrem
uma tração excessiva sobre o abdômen alongado nesta posição.
Os exercícios freqüentes nos pés e tornozelos ajudam a diminuir o edema e as
câimbras nos membros inferiores. Pode-se aconselhar a elevação das pernas
(até no máximo 45 graus) para facilitar o retorno venoso. A posição
quadrúpede também diminui o estresse sobre os vasos dos membros inferiores.
Que cuidados tomar com a mulher grávida
Qualquer programa de exercício para grávidas precisa ser individualizado, ao
máximo, respeitando os limites de resistência e flexibilidade, nível de
aptidão, saúde geral, idade, atividade física prévia, sua individualidade
biológica e o estágio da gravidez em que se encontra.
Deve-se ficar atento, uma vez que as alterações hormonais podendo facilitar
a frouxidão ligamentar, o amolecimento da cartilagem e a proliferação da
sinóvia, contribuem para as modificações posturais e ainda aumentam a
possibilidade de lesões durantes os exercícios em excesso. Os alongamentos
devem ser realizados com delicadeza e cautela, por causa da instabilidade
articular gerada por essas alterações hormonais.
A capacidade de realizar exercício declina em 20-25% no terceiro trimestre,
já que a demanda fetal de sangue e oxigênio aumenta muito. Deve-se ter
cuidado, portanto, com exercícios intensos, já que existe a possibilidade do
sangue ser desviado do útero para suprir a demanda dos músculos. As cargas
são mínimas, não deve haver mudança rápida na direção do movimento, o
ambiente precisa ser fresco para evitar o aumento do calor corporal e a
intensidade dos exercícios deve respeitar os sintomas e o estágio da
gravidez.
As mudanças freqüentes de posição devem ser encorajadas, mas mantendo o
cuidado de não realizá-las bruscamente a fim de evitar a hipotensão
postural. Deve-se evitar também a posição prolongada em pé.
A eficácia do método pilates em uma paciente mastectomizada
Resumo
Este estudo tem a finalidade de avaliar a eficácia do método pilates em uma paciente submetida à mastectomia radical modificada com esvaziamento axilar direito sob o aspecto de qualidade de vida. Para a análise foi aplicado o questionário SF-36 antes e após os dez atendimentos de Pilates. Através dos resultados pode-se concluir que a eficácia do método tanto no aspecto físico como no mental.
Abstract
This study has the objectives to evaluate the effectiveness of the Pilates Method in a pacient submitted in a radical mastectomy modified with right axillary emptying under the aspect of quality of life. For an analysis, was applied the questionnaire SF-36 before and after ten atendiments of Pilates. Through the results we can conclued that the effectiveness of the method in the physical aspect as in the mental one.
Introdução
Normalmente, o organismo humano apresenta-se em processo de divisão celular, caracterizando um evento ordenado e controlado, onde há formação de novas células idênticas à precursora. Porém, algumas vezes as células perdem a capacidade de controlar seu processo de divisão e começa a multiplicar rapidamente e de forma aleatória, ocorrendo um desequilíbrio na formação dos tecidos do corpo, originando uma massa anormal denominada de tumor ou câncer (SASSE, 2006).
A palavra câncer refere-se a todos os tumores malignos, geralmente de origem desconhecida, caracterizado pela capacidade de “aderir a qualquer parte e agarra-se de modo obstinado, como um caranguejo” (COTRAN; KUMAR; COLLINS, 2000).
Os mesmos autores definem a palavra câncer como sinônimo de neoplasias, onde há um novo crescimento excedendo os tecidos normais e não coordenado a ele, capaz de manter o estímulo da mesma forma após o término do estímulo que o induziu.
De acordo com o American Cancer Society (2006), a cada ano mais de um milhão de pessoas descobrem que apresentam algum tipo de câncer e desse valor 23% chegam ao óbito, perdendo apenas para as doenças cardiovasculares. Sasse (2006) afirma que no Brasil as neoplasias são as terceiras maiores causas de morte no Brasil, sendo superada apenas pelas doenças do sistema circulatório e casos de violência.
Segundo a Organização Mundial da Saúde – OMS (2006), o câncer mamário é a neoplasia mais freqüente e a principal causa de mortalidade entre as mulheres de países desenvolvidos e subdesenvolvidos. A maior incidência ocorre em mulheres entre quarenta e cinqüenta anos, não impedindo de ocorrer em mulheres mais novas.
A investigação do câncer de mama é descrito desde 130 dC-201dC por Galeno, quando se começou a observar desequilíbrios hormonais e excesso da bile, e a partir de então iniciaram inúmeras pesquisas para desvendar os fatores causais do tumor, particularmente nessas últimas década (PIATO, 1995).
Alperovitch e Alperovitch (1992) relatam que o câncer mamário está envolvido com alguns fatores etiológicos, como: a idade, apresentando maior índice a partir dos 30 anos; raça, onde há menores indícios em negras africanas; hereditariedade e genética, podendo ter casos de repetição na mesma família; história menstrual, havendo correlação com a menarca precoce como também com a menopausa mais tardia; antecedentes pessoais, como presença de nódulos e de displasia; hormônios, acredita-se que o estrógeno é um carcinogêno, ou seja, induz ao aparecimento do câncer; antecedentes obstetrícios e estado civil, havendo maior incidência em pacientes nulíparas e sem vida sexual. Há outros fatores que apresentam relevância para prevenir o câncer de mama, como a pratica de atividades físicas, bons hábitos alimentares, evitar o tabagismo e etilismo, ou seja, manter uma boa qualidade de vida.
Nos casos de câncer de mama, as células afetadas são aquelas que revestem os ductos mamários ou encontram-se nos lóbulos das glândulas mamárias, sendo denominados de carcinomas ductais ou lobulares, respectivamente. Há outros tipos de câncer na mama, como os linfomas e sarcomas, entretanto são mais raros. O carcinoma pode ser in situ, não infiltrativo, ou seja, localizado e representam 30% dos casos. Já os tumores infiltrantes são capazes de produzir metástases, basta uma célula “infectada” atingir a corrente sanguínea ou linfática e disseminar por ouras regiões, formando novos focos de tumores à distância (BRUNO; MASIERO, 2000).
A escolha do tratamento depende do tipo do tumor e estágio da doença sendo definido por meio de exames anatomopatológicos, como a citopatologia e histopatologia da biopsia ou peça cirúrgica, a partir de então, será recomendado à cirurgia, quimioterapia, radioterapia, imunoterapia e hormonioterapia (SOUZA; SALVATORE, 1999).
O tratamento tradicional do câncer de mama começou a ser realizado desde o final do século XIX, com a mastectomia radical clássica descrita por Halsted e permaneceu até a década de 60. Na segunda metade do século XX, a cirurgia de mastectomia sofreu alterações como a preservação do músculo peitoral maior ou ambos os peitorais, descritas por Patey e Dyson e por Madden, respectivamente, sendo conhecida atualmente como mastectomia radical modificada. (RIBEIRO et al, 2001).
Mesmo com a evolução da técnica, essas cirurgias têm apresentado complicações locais que muitas vezes comprometem a qualidade de vida da paciente portadora de câncer de mama, como a presença do linfedema, seroma, alterações de sensibilidade, dor e diminuição dos movimentos da cintura escapular, complicações cicatriciais (deiscência, infecção, necrose e retardo na cicatrização) (ANKE, 2000).
A reabilitação física desempenha um papel fundamental na nova etapa de vida da paciente operada, pela possibilidade de dispor um conjunto de terapêuticas físicas suscetíveis para intervir precocemente na recuperação funcional da cintura escapular e MMSS até a profilaxia se seqüelas como retração e aderência cicatricial, como fibrose e linfedema (CAMARGO; MARX, 2000).
O método de Pilates é uma modalidade de reabilitação e pós-reabilitação que trabalha unindo o corpo e a mente através de exercícios físicos específicos, objetivando ampliar a capacidade de movimentação, controle de movimento, força, equilíbrio muscular, além da própria consciência corporal. Assim possibilita maior integração do individuo em suas atividades diárias já que trabalha o corpo como um todo (CAMARÃO, 2004).
Esse método utiliza os princípios ocidentais e orientais, trabalhando corpo e mente de forma harmônica. A linha oriental trabalha a coordenação e percepção, enfatizando o alongamento e a flexibilidade, enquanto que a ocidental busca o movimento, a força e a tonificação (GALLAGHER; KRYZANOWSKA, 2000).
Segundo Craig (2004), para atingir os ganhos e benefícios propostos pela técnica, o método de Pilates deve ser praticado com toda a fidelidade, seguindo os princípios básicos.
Latey (2001) ressalta que o método é constituído por seis princípios, dentre eles a concentração, o controle, o centro, movimento fluído, precisão e respiração. Porém Craig (2004) complementa a técnica o princípio do alinhamento postural, força e relaxamento.
Craig (2004) afirma que os benefícios oriundos do método é o ganho de força, aumento no tônus muscular e alongamento. Camarão (2004) acrescenta a coordenação, equilíbrio, flexibilidade, condicionamento físico, melhora da capacidade respiratória, harmonização dos movimentos diários, atividade mental, autoconfiança, alívio do estresse, melhora as dores e do sono.
Gallaghe e Kryzanowska (2000) explicam que o método é fácil de ser realizado por isso sendo indicados a todas as pessoas, a partir dos 12 anos até a terceira idade, ou seja, sem limite de idade. Está contra para as pessoas que não estão se sentindo bem, presença de dores de origem e causa desconhecida, está sob efeito de medicação ou ainda se o Fisioterapeuta julgar desaconselhável por alguma razão (Camarão, 2004).
Devido ao alto índice de câncer de mama, no Brasil e a nível mundial, acometendo mulheres cada vez mais novas e gerando alterações físicas, sociais e emocionais, surgiu o interesse em buscar uma nova forma para reabilitação de pacientes mastectomizadas, restabelecendo a amplitude movimento, força muscular, tônus muscular, flexibilidade e qualidade de vida.
A partir da realização desse estudo, as pacientes que sofreram mastectomia radical modificada, poderão está retornando a execução de suas atividades de vida diárias e consequentemente, favorecendo também seu convívio social.
Metodologia
1.Caracterização da pesquisa
A pesquisa foi caracterizada como experimental sem grupo controle, objetivando demonstrar a razão como um determinado fato é produzido. Para isso, utilizou de um local apropriado, aparelhos e instrumentos de precisão para demonstrar o modo ou as causas pelas quais um fato é produzido, proporcionando o estudo de suas causas e efeitos (LAKATOS; MARCONI, 1992).
2.Amostra
A amostra constará de 01 (uma) paciente, do sexo feminino, com idade de 41 anos, destra, que realizou mastectomia radical modificada no lado direito, sofrendo esvaziamento axilar, com tempo de cirurgia de 1 ano e 5 meses anos e que se encontra fazendo uso da hormonioterapia.
3.Procedimento
A principio foi realizada uma conversa informal com a paciente, explicando sobre o Método Pilates e seus benefícios. Com o consentimento das mesmas, foi entregue o Termo de Consentimento para que fosse lido e assinado, e após concordância, compreensão e assinatura do termo, foi aplicada uma ficha de avaliação para verificar e quantificar a amplitude de movimento, flexibilidade, força muscular, tônus muscular, análise postural e perimetria. Também foi aplicado o questionário SF-36 para analisar a qualidade de vida. A paciente foi atendida no período de 10 de agosto de 2006 a 14 de setembro de 2006, totalizando 10 atendimentos, duas vezes na semana, durante 50 minutos. Os exercícios foram seguidos de acordo com um piloto sendo modificado de acordo com as necessidades e dificuldades da paciente observado através da avaliação. Ao final do décimo atendimento, a paciente foi reavaliada com a mesma ficha para observar os resultados obtidos e aplicado novamente o SF-36.
Os vinte minutos iniciais da primeira aula foram destinados à avaliação física objetivando colher os dados da paciente Maria (pseudônimo) para que após os dez atendimentos fosse analisada a eficácia do Método Pilates.
A paciente, apresentava peso igual a 49,700 gr e altura de 1,59 cm, dita como profissional do lar, relatou como queixa principal cansaço no braço direito e na coluna que intensifica durante as atividades domésticas, onde o sintoma iniciou logo após a mastectomia. Na mesma cirurgia foi realizada a reconstrução da mama com prótese de silicone. A paciente negava antecedentes pessoais e diante dos antecedentes familiares, relatou história de câncer de pele na família (mãe). Como hábitos de vida, relata que caminhava todos os dias durante uma hora.
Em relação à avaliação postural foi observada a presença de pés cavos, joelhos valgos, anteroversão de quadril, escoliose funcional direita, elevação do ombro direito e levemente protuso. A paciente ainda apresentava arco completo de movimento para os membros superiores e encurtamento de isquiotibiais de 10º esquerdo e 15ª direito e tríceps sural de 5º para ambos os membros. Não foi constatado encurtamento de ílio-psoas, sartório e reto-femural.
O teste de força muscular foi seguido de acordo com Palmer e Epler (2000), avaliando os músculos do tronco (abdominal e paravertebral) e MMII (cadeia flexora,abdutora, adutora e extensora). Com exceção do músculo abdominal e adutores, que obtiveram grau de força 3 + e 4 + , respectivamente, todos os outros músculos atingiram o grau 5 +, ou seja, venceram a gravidade quando aplicado uma força máxima. O MMSS não foi avaliado com o teste de força visto que o objetivo não é comparar a força, além de que, exercícios resistidos são contra-indicados em pacientes mastectomizadas que sofreram esvaziamento axilar.
A perimetria foi outro item analisado, onde se pode observar o MSD levemente edemaciado, variando os valores em torno de 1 a 3 cm comparando ambos os lados. Para a verificação da circunferência do membro foi demarcada a linha intra-articular do cotovelo, do punho e da axila e a marcação foi realizada a cada 5 cm.
A ficha de avaliação ainda cotinha o teste dedo chão, objetivando analisar a mobilidade de coluna. Foi solicitado que a paciente inclina-se o corpo a frente, realizando a flexão de tronco e a distância entre o dedo médio e o chão foi medida verificando 10 cm.
Os atendimentos foram seguidos por um protocolo objetivando debelar e/ou minimizar o cansaço em MSD, manter e/ou melhorar a flexibilidade, debelar os encurtamentos, melhorar e/ou manter a força de MMSS, MMII, tronco e músculos do assoalho pélvico, mobilizar a coluna, melhorar o alinhamento postural e promover a conscientização corporal.
O plano de aula foi dividido em duas aulas variando os exercícios no solo e nos aparelhos (Wall e cadeira, Reformer e barril), trabalhando 20 minutos no solo, 20 minutos nos aparelhos e 10 minutos para alongamento e relaxamento.
Na aula “A”, a parte do solo consistia de alongamentos para os MMII (cadeia posterior, medial e lateral), estabilização da escápula com o bastão, preparação para o hundred, mergulho do peixe, preparação para natação, abdominal com a bola, ponte, borboleta bilateral e unilateral. O aparelho utilizado nesse plano era o wall e o barril trabalhado era as séries de isquiotibiais na mola, macaco, mergulho, gato ajoelhado, inclinação lateral, braço na barra da torre associado a ponte, paravertebral, oblíquo e cavalo.
O plano “B”, apresentava os mesmos alongamentos para MMII, elevação e depressão da escápula no rolo, gato, extensão da coluna, série de chutes laterais, preparação para o corcel, roll up e ponte com translação. No reformer era realizada a série de pliês, série de plataforma de adução e abdução, macaco e sereia lateral. Já na cadeira era trabalhado a protração e retração das escápulas, extensão de coluna e gato em pé.
4. Instrumentos
Para a realização do presente estudo foi utilizado instrumentos, como: tensiomêtro da marca BD; estetoscópio da marca Lane; goniômetro da marca Carci com angulação de 0°-180° para verificar a amplitude de movimento e flexibilidade; fita métrica para a realização da perimetria; caneta piloto para a marcação dos pontos de referências; ficha de avaliação baseada no PAFIPPI (Protocolo de Avaliação Fisioterápica para Praticantes de Pilates) e na ficha de Avaliação Fisioterapêutica para Pacientes Mastectomizadas da Clínica-Escola de Fisioterapia da Universidade Potiguar, adaptando às necessidades, visando colher dados pessoais e físicos do sistema músculo-esquelético; questionário SF-36 para análise da saúde sob aspecto de qualidade de vida, e máquina fotográfica CyberShot DSC-P72 para comparação dos dados e evolução.
Discussão e Resultados
No questionário SF-36, foi analisado como a paciente vê a sua saúde agora e comparada há um ano atrás. Em ambas as avaliações foi relatado como “muito boa” e “um pouco melhor”.
De acordo com o questionário respondido, observou que os dados mais relevantes dizem a respeito de atividades realizadas anteriormente com “muita dificuldade” como atividades vigorosas (levantar peso e participar de esportes árduos), atividades moderadas (mover uma mesa, passar aspirador de pó, jogar bola, varrer a casa) e andar mais de um quilometro e atualmente com “pouca dificuldade”. As atividades ditas como realizadas com “pouca dificuldade” e posteriormente “não dificulta de forma alguma” foram subir um lance de escada e dobra-se o corpo à frente. Os dados referentes a subir vários lances de escada permaneceu em realizar “com muita dificuldade” e também foi mantido em “não dificulta de forma alguma” levantar ou carregar documentos, andar um quarteirão e tomar banho e vestir-se.
Um ponto que houve alteração determinou a diminuição de tarefas por dificuldades físicas e das quatro opções, duas opções apresentaram melhora (não diminuindo o tempo que dedicava às atividades e no fato de realizar menos tarefas) e as outras duas já não constava de modificações (esteve limitado para o trabalho e precisou de ajuda extra para realizar a tarefa). Em relação ao aspecto emocional, todas as três opções (quanto à diminuição das tarefas, atividades realizadas em menor quantidade e a não realização das tarefas) apresentaram melhora nas ultimas 4 semanas.
Quando questionado se a saúde física ou emocional interferia nas atividades, a resposta anterior indicava “bastante” e na segunda avaliação mostrou apenas “ligeiramente”.
Em relação à dor do corpo nas últimas quatro semanas e se a mesma interferiu no trabalho foi marcado o item “moderadamente”, enquanto que na reavaliação foi observada a opção “muito leve” e “de forma alguma”, respectivamente.
Em relação ao item que perguntava como você sente e como tudo tem acontecido com você nas quatro últimas semanas, foi visto que o item sobre a presença de depressão e o tempo que permanece tranqüilo não sofreu alteração após a reavaliação, onde na primeira foi dito “uma pequena parte do tempo” e a segunda a “maior parte do tempo”. Já o sentimento de vigor variou de “alguma parte do tempo” para “maior parte do tempo”. Ao contrário foi julgado nas questões sobre tempo de nervosismo, tempo desanimado ou abatido, tempo se sentido esgotado e tempo cansado, onde primeiramente foi relatada a “maior parte do tempo” e posteriormente “uma pequena parte do tempo”. A pergunta sobre quanto tempo você se sente com energia e quanto tempo você tem se sentido uma pessoas feliz foi falado na avaliação uma “pequena parte do tempo” para a primeira e “uma boa parte do tempo”, e na reavaliação ambas foram classificadas em “a maior parte do tempo”.
A questão sobre a interferência da saúde física ou mental com interferência nas atividades sociais, nas ultimas quatro semanas, foi observado que anteriormente era analisada em “a maior parte do tempo” e depois em “uma pequena parte do tempo”.
Por fim, foram analisadas em falso ou verdadeiro as questões sobre costumo adoecer um mais facilmente que as outras pessoas, sou tão saudável quanto qualquer pessoa que eu conheço, acho que minha saúde vai piorar e minha saúde é excelente. Em todos os quesitos não houve alteração antes e depois da reavaliação, onde permaneceu “a maioria das vezes falso” para a opção um e dois, “definitivamente falso” para a três, e, a “maioria das vezes verdadeiro”.
Em relação à ficha de avaliação física foi observado que os dados mais relevantes dizem a respeito da diminuição do encurtamento de isquiotibiais e tríceps sural, apresentando 7º para ambos os membros e 3º para o MIE e 4º para o MID, respectivamente.
Outro ponto de melhora foi observado durante o teste de força muscular onde a força do abdômen evoluiu para o grau 4 – e os adutores de quadril para 5 -.
A reavaliação da perimetria não apresentou alterações significantes, entretanto a queixa principal de cansaço no MID foi relatada como menor após a prática do Pilates.
Na avaliação da distância dedo-chão foi observado ganho de 6 cm, demonstrando que o trabalho de mobilização e flexibilidade foi atingido com êxito.
Conclusão
Através do estudo pode-se observar que o método pilates foi eficaz no atendimento de uma paciente mastectomizada, pois mediante os questionários aplicados e as avaliações realizadas antes e depois do tratamento, verificou-se melhora significativa do quadro clínico da paciente. A indicação do método pilates para a reabilitação de pacientes que realizaram mastectomia deve ser indicada devido à capacidade de retorno da funcionalidade com o uso do método, além de proporcionar bem estar mental e social.
Referência Bibliográfica
1. ALPEROVTCH, David; ALPEROVTCH, Suely Karaguelian. Obstetrícia: Teses Selecionadas para o Tego. 1.ed. São Paulo: Manole, 1992
2. ANKE, Bergmann. Prevalência de linfedema subseqüente a tratamento cirúrgico para câncer de mama no Rio de Janeiro, 2000. p. 142 [Dissertação (Mestrado) - Fundação Oswaldo Cruz, Escola Nacional de Saúde Pública].
3. BORGES, Jaqueline. Módulo Básico – apostila do curso de formação de Pilates. Natal, publicação informal, 2006.
4. BORGES, Jaqueline. Módulo Introdutório – apostila do curso de formação de Pilates. Natal, publicação informal, 2006.
5. BRUNO, A. A.; MASIERO, D. Padronização de Conduta na Reabilitação Pós-câncer de mama. Jornal Brasileiro Médico, 78 (5), pág 86-92, Dezembro 2000.
6. CAMARÃO, T. Pilates no Brasil: Corpo e Movimento. 1. ed. Rio de Jnaiero: Elsevier, 2004.
7. CAMARGO, Márcia Colliri; MARX, Ângela Gonçalves. Reabilitação Física no Câncer de Mama. São Paulo: Roca, 2000.
8. COTRAN; KUMAR, Vinay; COLLINS, Ramzi S. Fundamentos de Robbins: Patologia Estrutural e Funcional. 6.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000
9. CRAIG, C. Pilates com a Bola. 2. ed. São Paulo: Phorte, 2004.
10. GALLAGHER, S. P.; KRYZANOWSKA, R. Método Pilates de Condicionamento Físico. 3. ed. São Paulo: Pilates Studios do Brasil, 2000.
11. LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Metodologia do Trabalho Científico. 4. ed. São Paulo: Manole, 1992.
12. LATEY, P. The Pilates Method: History and Philosophy. Journal of bodywork and movement therapies Outubro 2001,NSW Austrália
Fonte: Maria Thereza A B C Micussi
Este estudo tem a finalidade de avaliar a eficácia do método pilates em uma paciente submetida à mastectomia radical modificada com esvaziamento axilar direito sob o aspecto de qualidade de vida. Para a análise foi aplicado o questionário SF-36 antes e após os dez atendimentos de Pilates. Através dos resultados pode-se concluir que a eficácia do método tanto no aspecto físico como no mental.
Abstract
This study has the objectives to evaluate the effectiveness of the Pilates Method in a pacient submitted in a radical mastectomy modified with right axillary emptying under the aspect of quality of life. For an analysis, was applied the questionnaire SF-36 before and after ten atendiments of Pilates. Through the results we can conclued that the effectiveness of the method in the physical aspect as in the mental one.
Introdução
Normalmente, o organismo humano apresenta-se em processo de divisão celular, caracterizando um evento ordenado e controlado, onde há formação de novas células idênticas à precursora. Porém, algumas vezes as células perdem a capacidade de controlar seu processo de divisão e começa a multiplicar rapidamente e de forma aleatória, ocorrendo um desequilíbrio na formação dos tecidos do corpo, originando uma massa anormal denominada de tumor ou câncer (SASSE, 2006).
A palavra câncer refere-se a todos os tumores malignos, geralmente de origem desconhecida, caracterizado pela capacidade de “aderir a qualquer parte e agarra-se de modo obstinado, como um caranguejo” (COTRAN; KUMAR; COLLINS, 2000).
Os mesmos autores definem a palavra câncer como sinônimo de neoplasias, onde há um novo crescimento excedendo os tecidos normais e não coordenado a ele, capaz de manter o estímulo da mesma forma após o término do estímulo que o induziu.
De acordo com o American Cancer Society (2006), a cada ano mais de um milhão de pessoas descobrem que apresentam algum tipo de câncer e desse valor 23% chegam ao óbito, perdendo apenas para as doenças cardiovasculares. Sasse (2006) afirma que no Brasil as neoplasias são as terceiras maiores causas de morte no Brasil, sendo superada apenas pelas doenças do sistema circulatório e casos de violência.
Segundo a Organização Mundial da Saúde – OMS (2006), o câncer mamário é a neoplasia mais freqüente e a principal causa de mortalidade entre as mulheres de países desenvolvidos e subdesenvolvidos. A maior incidência ocorre em mulheres entre quarenta e cinqüenta anos, não impedindo de ocorrer em mulheres mais novas.
A investigação do câncer de mama é descrito desde 130 dC-201dC por Galeno, quando se começou a observar desequilíbrios hormonais e excesso da bile, e a partir de então iniciaram inúmeras pesquisas para desvendar os fatores causais do tumor, particularmente nessas últimas década (PIATO, 1995).
Alperovitch e Alperovitch (1992) relatam que o câncer mamário está envolvido com alguns fatores etiológicos, como: a idade, apresentando maior índice a partir dos 30 anos; raça, onde há menores indícios em negras africanas; hereditariedade e genética, podendo ter casos de repetição na mesma família; história menstrual, havendo correlação com a menarca precoce como também com a menopausa mais tardia; antecedentes pessoais, como presença de nódulos e de displasia; hormônios, acredita-se que o estrógeno é um carcinogêno, ou seja, induz ao aparecimento do câncer; antecedentes obstetrícios e estado civil, havendo maior incidência em pacientes nulíparas e sem vida sexual. Há outros fatores que apresentam relevância para prevenir o câncer de mama, como a pratica de atividades físicas, bons hábitos alimentares, evitar o tabagismo e etilismo, ou seja, manter uma boa qualidade de vida.
Nos casos de câncer de mama, as células afetadas são aquelas que revestem os ductos mamários ou encontram-se nos lóbulos das glândulas mamárias, sendo denominados de carcinomas ductais ou lobulares, respectivamente. Há outros tipos de câncer na mama, como os linfomas e sarcomas, entretanto são mais raros. O carcinoma pode ser in situ, não infiltrativo, ou seja, localizado e representam 30% dos casos. Já os tumores infiltrantes são capazes de produzir metástases, basta uma célula “infectada” atingir a corrente sanguínea ou linfática e disseminar por ouras regiões, formando novos focos de tumores à distância (BRUNO; MASIERO, 2000).
A escolha do tratamento depende do tipo do tumor e estágio da doença sendo definido por meio de exames anatomopatológicos, como a citopatologia e histopatologia da biopsia ou peça cirúrgica, a partir de então, será recomendado à cirurgia, quimioterapia, radioterapia, imunoterapia e hormonioterapia (SOUZA; SALVATORE, 1999).
O tratamento tradicional do câncer de mama começou a ser realizado desde o final do século XIX, com a mastectomia radical clássica descrita por Halsted e permaneceu até a década de 60. Na segunda metade do século XX, a cirurgia de mastectomia sofreu alterações como a preservação do músculo peitoral maior ou ambos os peitorais, descritas por Patey e Dyson e por Madden, respectivamente, sendo conhecida atualmente como mastectomia radical modificada. (RIBEIRO et al, 2001).
Mesmo com a evolução da técnica, essas cirurgias têm apresentado complicações locais que muitas vezes comprometem a qualidade de vida da paciente portadora de câncer de mama, como a presença do linfedema, seroma, alterações de sensibilidade, dor e diminuição dos movimentos da cintura escapular, complicações cicatriciais (deiscência, infecção, necrose e retardo na cicatrização) (ANKE, 2000).
A reabilitação física desempenha um papel fundamental na nova etapa de vida da paciente operada, pela possibilidade de dispor um conjunto de terapêuticas físicas suscetíveis para intervir precocemente na recuperação funcional da cintura escapular e MMSS até a profilaxia se seqüelas como retração e aderência cicatricial, como fibrose e linfedema (CAMARGO; MARX, 2000).
O método de Pilates é uma modalidade de reabilitação e pós-reabilitação que trabalha unindo o corpo e a mente através de exercícios físicos específicos, objetivando ampliar a capacidade de movimentação, controle de movimento, força, equilíbrio muscular, além da própria consciência corporal. Assim possibilita maior integração do individuo em suas atividades diárias já que trabalha o corpo como um todo (CAMARÃO, 2004).
Esse método utiliza os princípios ocidentais e orientais, trabalhando corpo e mente de forma harmônica. A linha oriental trabalha a coordenação e percepção, enfatizando o alongamento e a flexibilidade, enquanto que a ocidental busca o movimento, a força e a tonificação (GALLAGHER; KRYZANOWSKA, 2000).
Segundo Craig (2004), para atingir os ganhos e benefícios propostos pela técnica, o método de Pilates deve ser praticado com toda a fidelidade, seguindo os princípios básicos.
Latey (2001) ressalta que o método é constituído por seis princípios, dentre eles a concentração, o controle, o centro, movimento fluído, precisão e respiração. Porém Craig (2004) complementa a técnica o princípio do alinhamento postural, força e relaxamento.
Craig (2004) afirma que os benefícios oriundos do método é o ganho de força, aumento no tônus muscular e alongamento. Camarão (2004) acrescenta a coordenação, equilíbrio, flexibilidade, condicionamento físico, melhora da capacidade respiratória, harmonização dos movimentos diários, atividade mental, autoconfiança, alívio do estresse, melhora as dores e do sono.
Gallaghe e Kryzanowska (2000) explicam que o método é fácil de ser realizado por isso sendo indicados a todas as pessoas, a partir dos 12 anos até a terceira idade, ou seja, sem limite de idade. Está contra para as pessoas que não estão se sentindo bem, presença de dores de origem e causa desconhecida, está sob efeito de medicação ou ainda se o Fisioterapeuta julgar desaconselhável por alguma razão (Camarão, 2004).
Devido ao alto índice de câncer de mama, no Brasil e a nível mundial, acometendo mulheres cada vez mais novas e gerando alterações físicas, sociais e emocionais, surgiu o interesse em buscar uma nova forma para reabilitação de pacientes mastectomizadas, restabelecendo a amplitude movimento, força muscular, tônus muscular, flexibilidade e qualidade de vida.
A partir da realização desse estudo, as pacientes que sofreram mastectomia radical modificada, poderão está retornando a execução de suas atividades de vida diárias e consequentemente, favorecendo também seu convívio social.
Metodologia
1.Caracterização da pesquisa
A pesquisa foi caracterizada como experimental sem grupo controle, objetivando demonstrar a razão como um determinado fato é produzido. Para isso, utilizou de um local apropriado, aparelhos e instrumentos de precisão para demonstrar o modo ou as causas pelas quais um fato é produzido, proporcionando o estudo de suas causas e efeitos (LAKATOS; MARCONI, 1992).
2.Amostra
A amostra constará de 01 (uma) paciente, do sexo feminino, com idade de 41 anos, destra, que realizou mastectomia radical modificada no lado direito, sofrendo esvaziamento axilar, com tempo de cirurgia de 1 ano e 5 meses anos e que se encontra fazendo uso da hormonioterapia.
3.Procedimento
A principio foi realizada uma conversa informal com a paciente, explicando sobre o Método Pilates e seus benefícios. Com o consentimento das mesmas, foi entregue o Termo de Consentimento para que fosse lido e assinado, e após concordância, compreensão e assinatura do termo, foi aplicada uma ficha de avaliação para verificar e quantificar a amplitude de movimento, flexibilidade, força muscular, tônus muscular, análise postural e perimetria. Também foi aplicado o questionário SF-36 para analisar a qualidade de vida. A paciente foi atendida no período de 10 de agosto de 2006 a 14 de setembro de 2006, totalizando 10 atendimentos, duas vezes na semana, durante 50 minutos. Os exercícios foram seguidos de acordo com um piloto sendo modificado de acordo com as necessidades e dificuldades da paciente observado através da avaliação. Ao final do décimo atendimento, a paciente foi reavaliada com a mesma ficha para observar os resultados obtidos e aplicado novamente o SF-36.
Os vinte minutos iniciais da primeira aula foram destinados à avaliação física objetivando colher os dados da paciente Maria (pseudônimo) para que após os dez atendimentos fosse analisada a eficácia do Método Pilates.
A paciente, apresentava peso igual a 49,700 gr e altura de 1,59 cm, dita como profissional do lar, relatou como queixa principal cansaço no braço direito e na coluna que intensifica durante as atividades domésticas, onde o sintoma iniciou logo após a mastectomia. Na mesma cirurgia foi realizada a reconstrução da mama com prótese de silicone. A paciente negava antecedentes pessoais e diante dos antecedentes familiares, relatou história de câncer de pele na família (mãe). Como hábitos de vida, relata que caminhava todos os dias durante uma hora.
Em relação à avaliação postural foi observada a presença de pés cavos, joelhos valgos, anteroversão de quadril, escoliose funcional direita, elevação do ombro direito e levemente protuso. A paciente ainda apresentava arco completo de movimento para os membros superiores e encurtamento de isquiotibiais de 10º esquerdo e 15ª direito e tríceps sural de 5º para ambos os membros. Não foi constatado encurtamento de ílio-psoas, sartório e reto-femural.
O teste de força muscular foi seguido de acordo com Palmer e Epler (2000), avaliando os músculos do tronco (abdominal e paravertebral) e MMII (cadeia flexora,abdutora, adutora e extensora). Com exceção do músculo abdominal e adutores, que obtiveram grau de força 3 + e 4 + , respectivamente, todos os outros músculos atingiram o grau 5 +, ou seja, venceram a gravidade quando aplicado uma força máxima. O MMSS não foi avaliado com o teste de força visto que o objetivo não é comparar a força, além de que, exercícios resistidos são contra-indicados em pacientes mastectomizadas que sofreram esvaziamento axilar.
A perimetria foi outro item analisado, onde se pode observar o MSD levemente edemaciado, variando os valores em torno de 1 a 3 cm comparando ambos os lados. Para a verificação da circunferência do membro foi demarcada a linha intra-articular do cotovelo, do punho e da axila e a marcação foi realizada a cada 5 cm.
A ficha de avaliação ainda cotinha o teste dedo chão, objetivando analisar a mobilidade de coluna. Foi solicitado que a paciente inclina-se o corpo a frente, realizando a flexão de tronco e a distância entre o dedo médio e o chão foi medida verificando 10 cm.
Os atendimentos foram seguidos por um protocolo objetivando debelar e/ou minimizar o cansaço em MSD, manter e/ou melhorar a flexibilidade, debelar os encurtamentos, melhorar e/ou manter a força de MMSS, MMII, tronco e músculos do assoalho pélvico, mobilizar a coluna, melhorar o alinhamento postural e promover a conscientização corporal.
O plano de aula foi dividido em duas aulas variando os exercícios no solo e nos aparelhos (Wall e cadeira, Reformer e barril), trabalhando 20 minutos no solo, 20 minutos nos aparelhos e 10 minutos para alongamento e relaxamento.
Na aula “A”, a parte do solo consistia de alongamentos para os MMII (cadeia posterior, medial e lateral), estabilização da escápula com o bastão, preparação para o hundred, mergulho do peixe, preparação para natação, abdominal com a bola, ponte, borboleta bilateral e unilateral. O aparelho utilizado nesse plano era o wall e o barril trabalhado era as séries de isquiotibiais na mola, macaco, mergulho, gato ajoelhado, inclinação lateral, braço na barra da torre associado a ponte, paravertebral, oblíquo e cavalo.
O plano “B”, apresentava os mesmos alongamentos para MMII, elevação e depressão da escápula no rolo, gato, extensão da coluna, série de chutes laterais, preparação para o corcel, roll up e ponte com translação. No reformer era realizada a série de pliês, série de plataforma de adução e abdução, macaco e sereia lateral. Já na cadeira era trabalhado a protração e retração das escápulas, extensão de coluna e gato em pé.
4. Instrumentos
Para a realização do presente estudo foi utilizado instrumentos, como: tensiomêtro da marca BD; estetoscópio da marca Lane; goniômetro da marca Carci com angulação de 0°-180° para verificar a amplitude de movimento e flexibilidade; fita métrica para a realização da perimetria; caneta piloto para a marcação dos pontos de referências; ficha de avaliação baseada no PAFIPPI (Protocolo de Avaliação Fisioterápica para Praticantes de Pilates) e na ficha de Avaliação Fisioterapêutica para Pacientes Mastectomizadas da Clínica-Escola de Fisioterapia da Universidade Potiguar, adaptando às necessidades, visando colher dados pessoais e físicos do sistema músculo-esquelético; questionário SF-36 para análise da saúde sob aspecto de qualidade de vida, e máquina fotográfica CyberShot DSC-P72 para comparação dos dados e evolução.
Discussão e Resultados
No questionário SF-36, foi analisado como a paciente vê a sua saúde agora e comparada há um ano atrás. Em ambas as avaliações foi relatado como “muito boa” e “um pouco melhor”.
De acordo com o questionário respondido, observou que os dados mais relevantes dizem a respeito de atividades realizadas anteriormente com “muita dificuldade” como atividades vigorosas (levantar peso e participar de esportes árduos), atividades moderadas (mover uma mesa, passar aspirador de pó, jogar bola, varrer a casa) e andar mais de um quilometro e atualmente com “pouca dificuldade”. As atividades ditas como realizadas com “pouca dificuldade” e posteriormente “não dificulta de forma alguma” foram subir um lance de escada e dobra-se o corpo à frente. Os dados referentes a subir vários lances de escada permaneceu em realizar “com muita dificuldade” e também foi mantido em “não dificulta de forma alguma” levantar ou carregar documentos, andar um quarteirão e tomar banho e vestir-se.
Um ponto que houve alteração determinou a diminuição de tarefas por dificuldades físicas e das quatro opções, duas opções apresentaram melhora (não diminuindo o tempo que dedicava às atividades e no fato de realizar menos tarefas) e as outras duas já não constava de modificações (esteve limitado para o trabalho e precisou de ajuda extra para realizar a tarefa). Em relação ao aspecto emocional, todas as três opções (quanto à diminuição das tarefas, atividades realizadas em menor quantidade e a não realização das tarefas) apresentaram melhora nas ultimas 4 semanas.
Quando questionado se a saúde física ou emocional interferia nas atividades, a resposta anterior indicava “bastante” e na segunda avaliação mostrou apenas “ligeiramente”.
Em relação à dor do corpo nas últimas quatro semanas e se a mesma interferiu no trabalho foi marcado o item “moderadamente”, enquanto que na reavaliação foi observada a opção “muito leve” e “de forma alguma”, respectivamente.
Em relação ao item que perguntava como você sente e como tudo tem acontecido com você nas quatro últimas semanas, foi visto que o item sobre a presença de depressão e o tempo que permanece tranqüilo não sofreu alteração após a reavaliação, onde na primeira foi dito “uma pequena parte do tempo” e a segunda a “maior parte do tempo”. Já o sentimento de vigor variou de “alguma parte do tempo” para “maior parte do tempo”. Ao contrário foi julgado nas questões sobre tempo de nervosismo, tempo desanimado ou abatido, tempo se sentido esgotado e tempo cansado, onde primeiramente foi relatada a “maior parte do tempo” e posteriormente “uma pequena parte do tempo”. A pergunta sobre quanto tempo você se sente com energia e quanto tempo você tem se sentido uma pessoas feliz foi falado na avaliação uma “pequena parte do tempo” para a primeira e “uma boa parte do tempo”, e na reavaliação ambas foram classificadas em “a maior parte do tempo”.
A questão sobre a interferência da saúde física ou mental com interferência nas atividades sociais, nas ultimas quatro semanas, foi observado que anteriormente era analisada em “a maior parte do tempo” e depois em “uma pequena parte do tempo”.
Por fim, foram analisadas em falso ou verdadeiro as questões sobre costumo adoecer um mais facilmente que as outras pessoas, sou tão saudável quanto qualquer pessoa que eu conheço, acho que minha saúde vai piorar e minha saúde é excelente. Em todos os quesitos não houve alteração antes e depois da reavaliação, onde permaneceu “a maioria das vezes falso” para a opção um e dois, “definitivamente falso” para a três, e, a “maioria das vezes verdadeiro”.
Em relação à ficha de avaliação física foi observado que os dados mais relevantes dizem a respeito da diminuição do encurtamento de isquiotibiais e tríceps sural, apresentando 7º para ambos os membros e 3º para o MIE e 4º para o MID, respectivamente.
Outro ponto de melhora foi observado durante o teste de força muscular onde a força do abdômen evoluiu para o grau 4 – e os adutores de quadril para 5 -.
A reavaliação da perimetria não apresentou alterações significantes, entretanto a queixa principal de cansaço no MID foi relatada como menor após a prática do Pilates.
Na avaliação da distância dedo-chão foi observado ganho de 6 cm, demonstrando que o trabalho de mobilização e flexibilidade foi atingido com êxito.
Conclusão
Através do estudo pode-se observar que o método pilates foi eficaz no atendimento de uma paciente mastectomizada, pois mediante os questionários aplicados e as avaliações realizadas antes e depois do tratamento, verificou-se melhora significativa do quadro clínico da paciente. A indicação do método pilates para a reabilitação de pacientes que realizaram mastectomia deve ser indicada devido à capacidade de retorno da funcionalidade com o uso do método, além de proporcionar bem estar mental e social.
Referência Bibliográfica
1. ALPEROVTCH, David; ALPEROVTCH, Suely Karaguelian. Obstetrícia: Teses Selecionadas para o Tego. 1.ed. São Paulo: Manole, 1992
2. ANKE, Bergmann. Prevalência de linfedema subseqüente a tratamento cirúrgico para câncer de mama no Rio de Janeiro, 2000. p. 142 [Dissertação (Mestrado) - Fundação Oswaldo Cruz, Escola Nacional de Saúde Pública].
3. BORGES, Jaqueline. Módulo Básico – apostila do curso de formação de Pilates. Natal, publicação informal, 2006.
4. BORGES, Jaqueline. Módulo Introdutório – apostila do curso de formação de Pilates. Natal, publicação informal, 2006.
5. BRUNO, A. A.; MASIERO, D. Padronização de Conduta na Reabilitação Pós-câncer de mama. Jornal Brasileiro Médico, 78 (5), pág 86-92, Dezembro 2000.
6. CAMARÃO, T. Pilates no Brasil: Corpo e Movimento. 1. ed. Rio de Jnaiero: Elsevier, 2004.
7. CAMARGO, Márcia Colliri; MARX, Ângela Gonçalves. Reabilitação Física no Câncer de Mama. São Paulo: Roca, 2000.
8. COTRAN; KUMAR, Vinay; COLLINS, Ramzi S. Fundamentos de Robbins: Patologia Estrutural e Funcional. 6.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000
9. CRAIG, C. Pilates com a Bola. 2. ed. São Paulo: Phorte, 2004.
10. GALLAGHER, S. P.; KRYZANOWSKA, R. Método Pilates de Condicionamento Físico. 3. ed. São Paulo: Pilates Studios do Brasil, 2000.
11. LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Metodologia do Trabalho Científico. 4. ed. São Paulo: Manole, 1992.
12. LATEY, P. The Pilates Method: History and Philosophy. Journal of bodywork and movement therapies Outubro 2001,NSW Austrália
Fonte: Maria Thereza A B C Micussi
O método pilates® e a prevenção de fraturas osteoporóticas
INTRODUÇÃO
A osteoporose é definida como uma deterioração do tecido ósseo, isto é, trata-se de perda de massa e diminuição da mineralização óssea (WHO, 2000), caracterizada por densidade mineral igual ou inferior a 2,5 desvios-padrão para o adulto jovem (Silva, 2003). Essa falha da estrutura óssea torna o osso mais suscetível a fraturas (Akesson, 2003), o que afeta a qualidade de vida do indivíduo, seja por suas conseqüências físicas, psicossociais e/ou financeiras (Pinto Neto et alli,2002; Kowalski et al, 2001) e a torna um problema de saúde pública (Borer, 2005), já que atinge aproximadamente 55% da população norte-americana acima de 50 anos (Lewiecki, 2004).A osteoporose atinge ambos os sexos, jovens e idosos, contudo, há uma maior prevalência para o sexo feminino e idosos. A proporção sexual é de três mulheres para cada um homem. Isto pode ser explicado pela diferença de comprimento de seus ossos, visto que ossos menores tendem a ser mais frágeis e, portanto, mais suscetíveis a fraturas; e pela diferença hormonal, o que também justifica a maior prevalência em indivíduos da terceira idade, etapa da vida em que ocorre diminuição das taxas hormonais (WHO, 2000). Além disso, apresentam maior pré-disposição indivíduos sedentários, da raça branca, com baixo índice de massa corporal, que apresentam desordens endócrinas, predisposição genética e que fazem uso excessivo de bebidas alcoólicas e cigarros (Wilkins & Birge, 2005; Christodoulou & Cooper, 2003; El-Hajj Fuleihan et al, 2002; Betz, 2005).
A origem da osteoporose se encontra no processo de formação e reabsorção de massa óssea, que são condicionadas por fatores mecânicos e hormonais. Existindo a interação desses dois fatores, ocorrerá a perfeita harmonia entre a formação e a reabsorção óssea, resultando em um osso dito saudável, com a massa óssea dentro dos padrões de normalidade. As células responsáveis por esse processo são os osteoblastos e os osteoclastos (Simon, 2005). A osteoporose ocorre, portanto, quando há falha no processo neoformação/reabsorção da massa óssea, ou seja, a patologia pode ocorrer por duas situações distintas. Na primeira, há um déficit de neoformação óssea. Nesse caso, ocorre reabsorção normal da massa óssea, no entanto, a ação dos osteoblastos não é suficiente para suprir a perda. Na segunda situação, ocorre o inverso, ou seja, a reabsorção é maior do que o normal, de maneira que a formação óssea não é suficiente para reparar as lacunas do osso (Culham, 1998).
Com base nisso, a osteoporose é classificada em dois tipos: I: pós-menopausa e II: osteoporose senil (Simon, 2005). O tipo I é o que mais atinge as mulheres. Trata-se da osteoporose por conseqüência da diminuição dos hormônios sexuais, que ocorre durante a menopausa. Essa diminuição desses hormônios – estrógeno e progesterona – promove um aumento do recrutamento dos osteoclatos, cuja finalidade é promover a reabsorção de massa óssea e diminuir a absorção de cálcio pelos intestinos. Portanto, ocorrerá uma maior reabsorção de massa em contraste com uma produção normal ou reduzida desta (Simon, 2005). O tipo II é conhecido como osteoporose senil por manifestar-se em indivíduos com idade avançada, sejam mulheres, sejam homens. Nesse caso, ocorrerá uma queda na produção óssea, por diminuição ou inativação dos osteoblastos, que são as células responsáveis por essa função. Portanto, ocorrerá uma reabsorção normal ou aumentada e uma produção insuficiente para repor a perda de massa (Simon, 2005).
A osteoporose é uma patologia silenciosa, ou seja, normalmente é assintomática até que ocorra uma fratura. No entanto, o indivíduo pode apresentar quadros de dor crônica, deformidades ósseas pela formação inadequada de osso, especialmente da região torácica, com conseqüentes compressões viscerais, comprometimentos respiratórios e déficits de mobilidade, situações que interferirão na qualidade de vida (Zbranca et al, 2004).
O diagnóstico pode ser concretizado pela história clínica do indivíduo, confirmado e quantificado por exames laboratoriais e, principalmente, por imagens, dentre eles: Raio-X e Absorciometria Dupla da Energia dos Raios-X (DXA) (Christodoulou & Cooper, 2003; El-Hajj Fuleiham et al, 2002).
Basicamente, o tratamento da osteoporose tem como princípios o aumento ou, no mínimo, a manutenção em bons níveis da massa óssea e a prevenção de fraturas (Akesson, 2003; Wilkins & Birge, 2005). Para isso, utiliza-se a terapia medicamentosa (controle hormonal), associada à eliminação de fatores de risco, dieta balanceada e encaminhamento para atividade física (Christodoulou & Cooper, 2003).
A importância da atividade física está comprovada cientificamente, visto que, diversos estudos demonstraram que há aumento ou manutenção da densidade óssea em pessoas que praticam atividade física, quando comparadas com sedentárias, durante um mesmo período de tempo (Chien et al, 2000; Bassey, 2001; Forwood, 2000), Além disso, soma-se todas as outras vantagens que os exercícios oferecem, como: os benefícios cardiovasculares, aumento da força muscular, melhora da coordenação motora, melhora do equilíbrio, melhora da estabilização postural, os quais são importantes para a prevenção de quedas (Chan et al, 2003).
FRATURAS OSTEOPORÓTICAS
Com a perda de massa óssea, os ossos tornam-se mais frágeis e mais suscetíveis a fraturas. As fraturas osteoporóticas respondem por um alto índice de incapacitação e morbidade, especialmente em indivíduos idosos, já que menos de um terço dos indivíduos que sofreram fraturas de quadril voltam a exercer suas atividades normais sem limitações (Christmas, 2000). Nos EUA, por exemplo, estima-se que 1,3 milhão de mulheres sofrem fraturas osteoporóticas a cada ano (Gregg et al,1998). Portanto, uma vez instalada a osteopenia ou osteoporose, o objetivo do profissional da saúde deve ser a prevenção das fraturas, que é feita pela manutenção da massa e pela redução do risco de quedas (Chan et al, 2003).
Diversas atitudes podem ser adotadas para minimizar o risco de quedas de indivíduos idosos. Dentre os fatores mecânicos, pode-se destacar cuidados com o ambiente onde o indivíduo vive, como: uso de pisos antiderrapantes, uso de barras de apoios em corredores e banheiros, melhora de iluminação e objetos ao alcance do individuo (Pinto Neto et al, 2002).
No que compete a melhora das condições físicas, o exercício é a forma encontrada pelos profissionais da saúde para promover a prevenção das quedas, visto que, a fraqueza muscular, problemas posturais, desequilíbrio e inatividade são os maiores fatores de risco para quedas (Forwood, 2000). Logo, através da atividade, é possível conquistar a melhora da força muscular, da flexibilidade, da coordenação motora, do equilíbrio e da mobilidade geral (Kagan, 2002). Nesse contexto, o Método Pilates surge como uma alternativa para a conquista de todos esses requisitos.
O MÉTODO PILATES
O Método Pilates foi criado na década de 20, ou seja, há quase noventa anos, pelo alemão Joseph Hubertus Pilates, tendo como base a chamada “contrologia” ou o estudo do controle (Kolyniak et al, 2004), que ele definiu como “perfeito equilíbrio entre o corpo, a mente a o espírito” (Lange et al, 2000).
Joseph Pilates era um indivíduo com problemas de saúde, que partiu em busca da melhora de sua qualidade de vida. Dessa forma, dedicou sua vida ao estudo das ciências biológicas, através da anatomia, fisiologia e biomecânica. Com base em seus estudos, desenvolveu uma série de exercícios físicos que visavam a melhora do condicionamento físico e mental. Seu método de trabalho foi valorizado pela primeira vez durante a Primeira Guerra Mundial, quando ele treinou seus companheiros e todos conseguiram superar a epidemia de gripe que aconteceu no ano de 1918 (Aparício, 2005).
A partir de então, Pilates passou a aprimorar seu método, abrindo o que se assemelharia a uma academia de ginástica e colocou em prática o que seus estudos lhe ensinaram. Dessa forma, surgiu o Método Pilates, hoje conhecido e difundido em todo o mundo (Lange et al, 2000).
De maneira simples, o Método Pilates pode ser definido como um treinamento físico e mental, por promover a harmonia entre o corpo e a mente, gerando melhora da consciência corporal e bem estar (Pires & Sá, 2005). Tendo sustentação pelos estudos anatomo-fisiológicos e, portanto, sem qualquer caráter místico (Aparício, 2005).
O método é baseado em seis princípios básicos, que são: centro, controle, concentração, fluidez dos movimentos, precisão e respiração (Aparício & Perez, 2005; Pires & Sá, 2005).
- O Centro: o corpo tem um centro físico, onde se originam todos os movimentos, chamado de “powerhouse” (Centro de Força), o qual é composto pelos músculos abdominais, lombares e glúteos. Preconiza-se o reforço desse centro para promover a sustentação da coluna, dos órgãos internos e manutenção de uma boa postura;
- Controle: o praticante deve ter total controle de seu corpo, conhecendo e respeitando as suas limitações, buscando vencê-las para atingir a perfeita execução de cada movimento;
- Concentração: a execução dos movimentos deve ser realizada, mantendo-se uma total concentração no centro de força, além de observação atenta de cada movimento necessário para a realização dos exercícios, para que se obtenha uma boa conscientização corporal;
- O Movimento: os movimentos realizados durante a execução de cada exercício devem respeitar a fluidez e a harmonia;
- Precisão: a precisão está diretamente ligada ao controle. Concentrando-se em cada etapa do movimento e conhecendo o corpo, é possível desenvolver o controle necessário para se obter a precisão de cada movimento;
- Respiração: Pilates enfatiza a importância de manter os níveis de oxigenação da circulação sanguínea. Este é o resultado de uma respiração adequada durante os exercícios, oxigenando o sangue e eliminando os gases nocivos. No Método Pilates todos os exercícios são associados à respiração.
- Os princípios são colocados em prática em exercícios realizados em solo, com ou sem ou uso da Bola Bobath e em aparelhos (Lange et al, 2000). Os aparelhos do Método Pilates foram elaborados pelo próprio Pilates, utilizando-se de molas como instrumentos para gerar assistência ou resistência aos movimentos, com as quais é possível trabalhar contrações concêntricas, excêntricas e, principalmente, isométricas, em todas as posições (decúbito dorsal, ventral e lateral, sedestação e bipedestação), com menor desgaste articular, menor número de repetições e ampla variedade para trabalhar um mesmo segmento ou mesma função, favorecendo a força, flexibilidade, coordenação, equilíbrio, controle postural e mecânica respiratória (Pires & Sá, 2005).
- Correção postural;
- Aumento do equilíbrio e coordenação motora;
- Alívio e prevenção de dores musculares;
- Aumento da força e resistência muscular;
- Aumento do controle muscular;
- Prevenção de lesões;
- Melhora da capacidade respiratória;
- Aumento da flexibilidade;
- Alongamento;
- Tonificação e definição da musculatura corporal;
- Melhora do condicionamento físico e mental;
- Integração do corpo e da mente;
- Harmonização dos movimentos diários;
- Controle
- Aumento da consciência corporal;
- Alívio do stress;
- Aumento da auto-estima.
- A PREVENÇÃO DE FRATURAS OSTEOPORÓTICAS ATRAVÉS DO MÉTODO PILATESSendo o Método Pilates uma proposta de atividade física com finalidades terapêuticas, utiliza-se para a prevenção e/ou tratamento de diversas patologias osteo-mio-articulares (Pires & Sá, 2005) como a osteoartrite (Yakut et alli, 2005) e até mesmo em gestantes (Balogh, 2005). No caso específico da prevenção de fraturas osteoporóticas, o pilates pode ser indicado por promover o aumento da força muscular, o ganho de flexibilidade, a melhora da coordenação motora, do equilíbrio, da postura, propriocepção e da respiração.
O ganho de força muscular é conquistado através de exercícios resistidos por cargas externas, que podem ser a gravidade, o peso do próprio corpo, as molas dos aparelhos ou as bolas Bobath, solicitados de acordo com a realidade de cada cliente. O aumento da força auxilia na remodelação óssea, através do estímulo mecânico que a contração muscular imprime aos ossos, promovendo a proteção destes. O fortalecimento, assim como em qualquer modalidade esportiva, é conquistado gradativamente.
O alongamento gradativo dos músculos conquistado com o método promove a diminuição de encurtamentos e tensões musculares localizadas, os quais podem ser responsáveis por alterações posturais significativa e deixar estruturas ósseas mais suscetíveis à forca mecânica. Além disso, o alongamento bem orientado auxilia no reequilíbrio muscular entre os grupos agonistas e antagonistas (Aparício & Perez, 2005).
O estímulo à coordenação motora é constante durante a realização dos exercícios do Método Pilates. Ela é conquistada através da precisão dos movimentos e dos recursos utilizados durante o exercício. O manuseio das molas e bolas, realização de exercícios unilaterais, bilaterais e alternados, exige que o praticante demonstre domínio e, dessa forma, obtem-se trabalhos coordenados (Lange et al, 2000).
O manuseio destes equipamentos também impõe ao praticante a necessidade de equilíbrio corporal para a manutenção das posturas em que os exercícios devem ser realizados. Logo, o equilíbrio se torna um dos grandes objetivos do método e um de seus diferenciais (Pires & Sá, 2005).
O alongamento axial promovido pelo pilates é importante na prevenção das microfraturas das vértebras, principalmente das torácicas que são as mais acometidas, por diminuir a compressão exercida entre uma vértebra e sua adjacente.
Pela ênfase dada ao trabalho respiratório durante a realização de cada um dos exercícios, o pilates promove a reeducação da respiração e, dessa forma, reduz a tensão e o gasto de energia dos músculos envolvidos no processo respiratório.
Somando-se todos os objetivos almejados pelo pilates, obtem-se o que se caracteriza como uma das filosofias do método, que é a melhora da consciência corporal, isto é, o autoconhecimento, fundamental para a realização de cada um dos movimentos do corpo. Pilates valoriza muito a interação do corpo e da mente para que haja perfeita harmonia e menor gasto de energia durante a realização das atividades da vida diária (Aparício & Perez, 2005).
Sabe-se que toda e qualquer atividade física deve ser adaptada para atender as necessidades do indivíduo com osteoporose e possibilidade de fratura (Forwood, 2000). Com o pilates, deve ser da mesma forma.. Cabe ao instrutor de pilates ter conhecimento a respeito da osteoporose, para que seja possível adaptar os exercícios a necessidade de cada um (Betz, 2005).
A adaptação dos exercícios é feita com base na avaliação física do indivíduo e em seu potencial risco de fratura. Assim é possível determinar a intensidade, freqüência e tipo de exercícios a serem realizados (Betz, 2005).
Portanto, tendo como precauções basicamente as mesmas de outras modalidades esportivas, o pilates pode ser realizado por indivíduos osteoporóticos, como forma de auxílio a prevenção de quedas e melhora da saúde geral.
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