quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

Dicas para contornar dores e desconfortos no inverno

Algumas dicas para prevenir e reduzir os reflexos do frio no organismo, que se tornam mais constantes e intensos, causando dores musculares e articulares.
Alguns dos fatores que explicam a relação entre frio e dor, segundo ela, são o aumento da tensão nas fibras musculares, a contração de vasos sanguíneos e a perda de lubrificação articular e muscular.
“Os músculos se contraem na tentativa de produzir calor, aumentando a tensão nas fibras musculares. Outro fator é o fenômeno chamado de vasoconstrição periférica: os vasos sanguíneos das extremidades se contraem e direcionam o sangue para o tronco, a fim de manter uma temperatura favorável aos órgãos vitais (cérebro, coração, pulmão e outros órgãos internos). Com isso, os músculos e as articulações recebem um menor aporte sanguíneo e ficam mais sensíveis a dor”, explica. “Além disso, as baixas temperaturas podem provocar um espessamento do líquido responsável pela lubrificação articular e muscular, gerando limitação de movimento.”
A fisioterapeuta ainda lembra que a prática de exercícios físicos durante essa época do ano é deixada de lado, o que acaba provocando rigidez musculo-articular e dor. Por isso, Emanuelle recomenda a prática de atividades físicas mesmo durante o frio, principalmente para crianças e idosos. Ela ainda destaca que pessoas com doenças, como artrite e artrose, têm sintomas acentuados durante o inverno por normalmente apresentarem diminuição na lubrificação articular e maior tensão da musculatura envolvida com a patologia.
“Os exercícios físicos são ótimos aliados para aumentar a temperatura corporal. É preciso movimentar-se, seja com alongamentos, caminhada ou Pilates. Uma boa dica é alongar-se ao acordar para melhorar a flexibilidade dos músculos”, afirma.
Como já sabemos, o Pilates é uma modalidade que pode ser praticada por qualquer pessoa e muito indicada a todos os públicos, pois alia alongamento, fortalecimento muscular e trabalha a consciência corporal, proporcionando diversos benefícios para o corpo e a mente.
Para fazer em casa
Para ajudar a prevenir dores e desconfortos, Emanuelle sugeriu alguns exercícios que podem ser praticados em casa:
Exercício 1
exercicio 1 inverno
Em pé, com os pés alinhados e na largura dos ombros. Inspire e ao expirar enrole o corpo para frente, começando pela cabeça e tente alcançar o chão. Sinta o alongamento da coluna e parte de trás das pernas. Se houver muito desconforto, dobre um pouco os joelhos. Inspire novamente e volte à posição inicial enquanto solta o ar. Faça lenta e cuidadosamente. Repita 5 vezes.
Exercício 2
exercicio 2 inverno
Ajoelhe-se sobre uma superfície estável e confortável, a partir daí sente-se sobre os calcanhares. Inspire e ao soltar o ar, incline o corpo para frente, levando a cabeça em direção aos joelhos. Mantenha 30 segundos.
Exercício 3
exercicio 3 inverno
Deite-se de barriga para cima com ombros e pescoço relaxados. Dobre os joelhos, mantendo os pés apoiados no chão. Cruze a perna direita de modo que o pé fique em contato com o joelho esquerdo. Puxe a perna esquerda, levando o joelho em direção ao peito. Deverá sentir alongar o glúteo direito. Segurar por 30 segundos e repetir com a outra perna.
Exercício 4
exercicio 4 inverno
Fique em pé, em cima de uma plataforma (degrau), de modo que o calcanhar fique para fora. Impulsione o corpo para cima, ficando na ponta dos pés e volte levando o calcanhar em direção ao solo. Repetir 15 vezes.
Exercício 5
exercicio 5 inverno
Em posição de quatro apoios, manter alinhamento ombro/punho, joelho/quadril e coluna neutra. Inspire e ao soltar o ar retire uma das mãos do solo e leve em direção ao teto. Fazer o movimento sempre olhando para a mão, associado a rotação do tronco. Volte inspirando e repita do outro lado. Fazer 5 vezes de cada lado.
 Observação: É importante respeitar os limites do corpo para evitar lesões nos músculos ou articulações.
 Fonte:EMANUELLE B DE OLIVEIRA

Exercícios que melhoram as dores na coluna lombar

1. Extensão de coluna com a overball
extensao overball
Em sedestação com a overball sob a coluna torácica, pés apoiados no solo com os calcâneos alinhados com os quadris, ombros a aproximadamente 90 graus de flexão, realizar a extensão de tronco mantendo o crescimento axial. Para a progressão pode descer a overball para a coluna torácica baixa ou lombar alta.
2. Fortalecimento de rotadores externos dos quadris com minibands
fortalecimento minibands
Em decúbito lateral, mantendo a coluna neutra, com os quadris flexionados a 45 graus e joelhos e 90 graus, realizar a rotação externa do quadril sem perder a pelve neutra.
3. Alongamento de glúteos
alongamento gluteos
Em pé com um membro em rotação externa e flexão de joelho a 90 graus sobre o assento da Chair e mãos no pedal realizar a flexão de tronco mantendo o crescimento axial.
4. Abdominal com a fitball
abdominal fitball
Sentado na borda do assento da Chair, com a fitball sob os pés e mãos no pedal com ombros em rotação externa, realizar a extensão de quadris mantendo a coluna neutra. Variação: Realizar a flexo-extensão de joelhos movimentando a fitball.
5. Alongamento de ísquiotibial e de íliopssoas
alongamento ísquiotibial
Ajoelhado de frente para a barra fixa com as mãos apoiadas sobre ela, um membro inferior em extensão de joelho e flexão de quadril, realizar a flexão de tronco mobilizando a coluna descendo a barra, durante a subida flexionar o membro inferior à frente e alongar o íliopsoas do membro inferior de trás.
6. Extensão de quadris com a barra móvel
extensao quadris
Em decúbito dorsal com a alça trapézio sob os tornozelos, membros inferiores em extensão e ombros a aproximadamente 90 graus segurando a barra móvel, realizar a extensão de quadris e ombros, mantendo as escápulas apoiadas.
7. Mobilização de coluna com a barra móvel
mobilizacao coluna
Em decúbito dorsal com as mãos nas barras verticais, e a barra móvel sob a fossa poplítea em flexão de joelhos a 90 graus, realizar a mobilização de coluna em flexão.
8. Alongamento da cadeia posterior
alongamento cadeia posterior
Em pé de frente para o carrinho com as mãos na borda, realizar a flexão de ombros mantendo a coluna neutra e retornar mobilizando a coluna em flexão ou extensão. Variação: realizar a rotação de tronco retirando um membro superior do carrinho.
9. Abdominal oblíquo com alça de mão
abdominal obliquo
Em sedestação com os membros inferiores em extensão e cruzados na cabeceira do Reformer, e ombro em flexão de 90 graus segurando a alça de mão unilateral, e outro membro superior na nuca, realizar a mobilização da coluna em extensão e rotação, levando o cotovelo em direção à borda do Reformer.
10. Mobilização da coluna em extensão
mobilizacao coluna extensao
Em sedestação com o tronco apoiado na barra de pés (colocar antiderrapante para diminuir a pressão sobre os processos espinhosos), pés nas ombreiras e mãos na nuca, realizar a extensão de tronco simultaneamente com a extensão de quadris e joelhos.
 Espero que os exercícios acima ajudem a dar mobilidade e força à coluna do seu aluno e que a dor lombar diminua, concluo a matéria com uma frase do mestre Joseph Pilates que dizia: “Hábitos incorretos são responsáveis pela maioria de nossas doenças, se não por todas 
Fonte:Érika Batista

Tratamento da bursite do quadril através do pilates II

á é de conhecimento geral os vários benefícios que o Pilates pode proporcionar, como a melhora da postura, melhora da consciência corporal, melhora da congruência articular, etc.
Como já discutido anteriormente sobre a avaliação do paciente, a maioria das patologias é decorrente de desequilíbrios musculares, e é aí que o Pilates deve auxiliar.
Após identificar os desequilíbrios presentes é possível traçar um planejamento de aula, direcionando os exercícios com finalidade de promover equilíbrio muscular. Fortalecendo os músculos fracos e alongando os músculos encurtados.
O Pilates possibilita exercícios onde é exigido que todo o corpo se encontre em conexão, promovendo o controle dos movimentos e consciência corporal que irá ser reproduzida em movimentos do dia-a-dia.
Havendo assim, uma reeducação nos padrões de movimento e posicionamento adequado de todas as articulações.
A seguir vamos observar alguns exercícios que podem ser aplicados na Reabilitação da Bursite do Quadril:
Os exercícios estão divididos em fase 1, 2 e 3.
Fase 1 (Fase aguda/presença de dor)
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Este exercício é super indicado para fases iniciais desta patologia, ele possibilita o posicionamento adequado da coluna, quadril, joelhos, tornozelo e pé permitindo a movimentação adequada das articulações e o trabalho em equilíbrio da musculatura de membros inferiores.
Além disso, é possível fortalecer os músculos do Power House através deste exercício e demais variações do Footwork gerando maior mobilidade e estabilidade à articulação do quadril.
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O exercício running promove grande alívio, pois reduz a tensão da cadeia posterior, minimizando a sobrecarga do quadril.
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O alongamento da cadeia lateral promove também um alívio sobre a região do quadril, devido sua inserção. Se o músculo oblíquo estiver tenso ele irá promover sobrecarga sobre o quadril devido sua inserção no osso ilíaco.
Fase 2 (Fase Intermediária/Redução da dor)
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O clássico exercício da ponte permite a mobilidade de quadril e coluna, além do fortalecimento dos músculos dos membros inferiores e glúteo. OBS.: fique atento ao posicionamento adequado das articulações durante o exercício.
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Os exercícios leg series no Reformer promovem o fortalecimento dos músculos dos membros inferiores possibilitando o equilíbrio dessa musculatura.
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A prancha ventral com apoio dos joelhos estimula o trabalho do Power House e músculos estabilizadores do quadril de forma facilitatória, não exigindo tanto controle de membros inferiores como na prancha convencional com apoio apenas dos pés.
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Com esse exercício promovemos maior estabilidade ao tronco e ao quadril, fortalecendo o Power House de forma facilitadora com o apoio da perna e joelho. Pode ser feito de forma dinâmica inicialmente encostando o quadril ao solo e subindo repetidamente e logo evoluir para a permanência da postura por alguns segundos ou minutos.
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Através deste exercício é possível alongar os músculos glúteo e piriforme promovendo alívio e reduzindo a tensão sobre a região do quadril.
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Como observamos nos testes citados, é possível que o paciente apresente encurtamento do músculo psoas, com este exercício – o Front Splits – é possível alongar este músculo e promover mobilidade da articulação do quadril, além de favorecer a força funcional do equilíbrio entre flexores e extensores do quadril.
Fase 3 (Fase final/Ausência de dor)
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Nesta fase é possível realizar movimentos integrados e que exijam maior controle dos músculos do Power House.
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Os exercícios unipodais devem ser inseridos numa fase final onde a paciente apresente maior estabilidade do quadril e controle dos movimentos.
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Alongamentos como o stretches back são também muito indicados, como já citado anteriormente, é comum a paciente apresentar encurtamento do reto femoral.
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O stretches front promove alongamento intenso da cadeia posterior e pode também ser realizado com leve adução do membro inferior fletido a fim de promover também o alongamento do tensor da fascia lata.
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A prancha lateral além de ser utilizada como teste também pode ser utilizada como exercício terapêutico afim de promover maior estabilidade ao tronco e quadril, além de fortalecer os músculos do Power House.
Considerações finais
Para que não ocorra recidiva desta patologia é necessário que se mantenha os cuidados orientados por seu Fisioterapeuta e que se mantenha um programa de exercícios para realizar a manutenção de força, flexibilidade, mobilidade e estabilidade das articulações.
Fonte: Andréia Souza

Tratamento da bursite do quadril através do pilates I

Hoje vamos falar de uma patologia comum que acomete a região do quadril, a bursite trocantérica do quadril. Esta patologia ocorre principalmente em mulheres e é caracterizada por uma inflamação da Bursa trocantérica do quadril, localizada na região lateral do quadril.
É comum que indivíduos que apresentam esta patologia apresentem também um ângulo Q (ângulo quadricipital) aumentado, desequilíbrios musculares importantes, alteração na biomecânica do movimento e alterações da fáscia.
O ângulo Q é formado entre as retas que passam pelo centro da patela e a tuberosidade tibial e o centro da patela e a crista ilíaca ântero superior.
Os limites normais:
- Para homens é entre 11 e 17 graus;
- Para mulheres é entre 14 e 20 graus.
Valores fora destes limites são patológicos e podem sobrecarregar as estruturas articulares envolvidas como joelho e quadril.
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Mulheres com ângulo Q aumentado apresentam Joelho Valgo, que ocasiona em adutores mais encurtados, trato iliotibial tensionado, podendo apresentar também patela alta ou deslocada medialmente.
Nestes casos, assim como nos casos onde o ângulo Q se encontra normal é necessário realizar uma avaliação postural e funcional para identificar quais músculos se encontram fracos, tensos, encurtados ou muito fortes. Além disso é preciso analisar também o padrão de movimento desta paciente.
Para traçar um plano de tratamento é preciso avaliar esta paciente, para isto vamos destacar alguns testes que podem ser aplicados:
Teste de Trendelemburg: Glúteo médio (em ortostase realizar flexão de joelho e quadril, observar queda da pelve), se a pelve cair, evidencia fraqueza do glúteo contralateral.
Teste de Ober: Tensor da fáscia lata (em decúbito lateral realiza extensão e abdução passiva do MI), se permanecer na posição teste positivo evidencia tensão do músculo.
Teste de Ely: Encurtamento reto femoral (em decúbito ventral realiza flexão passiva do joelho), se ocorrer flexão do quadril e elevação da pelve, teste positivo.
Teste de Thomas: Psoas (em decúbito dorsal segura membro inferior (MI) fletido), se MI contralateral não encostar na cama, revela contratura.
Teste do piriforme: Patologia do piriforme (em DD realiza flexão e rotação interna do quadril e pede que realize a rotação externa), se referir dor, teste positivo.
Atenção: Cuidado quando o paciente estiver numa fase muito aguda da patologia. Os testes podem ocasionar maior dor dificultando uma avaliação adequada dos testes.
Além dos testes citados acima também é possível avaliar através de palpação local e na região de lombar, glúteo, tensor da fáscia lata, adutores, quadríceps e gastrocnêmio.
É comum que estes pacientes apresentem contraturas e aderências da fáscia nestas regiões. Nestes casos, a utilização de técnicas de terapia manual, liberação miofascial e autoliberação miofascial são indicadas.
Podemos também utilizar testes funcionais como o agachamento, deambulação e prancha para avaliar o padrão de movimento.
Agachamento:
Ao analisar o agachamento é preciso atentar para todas as articulações envolvidas como a coluna lombar, quadril, joelho e tornozelo.
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É comum que mulheres com patologia de bursite trocantérica realizem adução do quadril devido a tensão de adutores. Além disso, é preciso verificar a mobilidade de quadril e tornozelo e assim identificar os desequilíbrios musculares presentes.
Deambulação:
Na deambulação podemos observar a mecânica do movimento, os apoios do pé e a mobilidade de joelho e tornozelo, assim como as instabilidades de quadril, joelho e tornozelo. A falta de função de 1 dessas articulações pode acarretar em sobrecarga na articulação do quadril.
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Prancha Ventral e Lateral:
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Na prancha ventral é possível identificar a instabilidade de articulações como ombro, coluna cervical, coluna torácica, coluna lombar e quadril. É possível também avaliar a força dos músculos do power house. A rotação do quadril irá evidenciar a fraqueza de músculos glúteos, a retificação da lordose lombar pode evidenciar fraqueza de paravertebrais, assim como a hiperlordose pode evidenciar fraqueza dos músculos abdominais.
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Na prancha lateral é possível identificar a instabilidade de articulações como ombro, coluna cervical, coluna torácica, coluna lombar e quadril. A dificuldade de manutenção do tronco na posição lateral pode evidenciar fraqueza de músculos abdominais como oblíquos e fraqueza do músculo glúteo médio.
Além dos testes citados acima, outros testes podem ser realizados de acordo com a especificidade de cada paciente.
Por exemplo: na anamnese é importante identificar em que momento a dor é intensificada, que movimentos despertam a dor como subir escadas, dormir, cruzar as pernas, etc…
Avaliar estes movimentos e orientar quanto ao posicionamento correto é extremamente importante para a evolução do quadro e sucesso no tratamento.
Fonte:Andréia Souza